sábado, 5 de setembro de 2009

Não leve o personagem pra cama...

Eita, eita, eita...

Tanta coisa acontecendo, que tive que ler o post anterior pra ver o que já tinha relatado, o que ainda não tinha dito...

Começando do começo pra tentar passar pelo meio, porque o fim tá longe...

Ipatinga foi muito bacana, apesar da cidade ser meio esquisita. Tudo é meio longe, meio perdido, meio não sei. O que estou encantado é com a cordialidade da maioria das pessoas. As apresentações foram muito boas, e a última, aberta ao público, foi um sucesso. Terminando a última sessão, fomos para o hotel, e eu, claro, esvairido da fome, propus uma caça ao rango (visto que, para conseguir comida naquela cidade, era necessário uma caça mesmo). Chegando na recepção, vejo 3 seres olhando engraçado. Olhar por olhar, tô acostumado aqui em Minas Gerais, pois parece que japonês é igual E.T. de Varginha: lenda. Eis que eles se apresentam; o menininho mais novo já tratando de querer saber de uma das atrizes por motivos de atração, enfim... nos convenceram a ir pra um bar, e fomos, já que a carona estava ali toda solicita.

Chegando no bar, um amigo já veio com os olhinhos brilhando dizendo que era gay friendly, e eu tem tchum pra coisa toda, porque minha saudade não permitia sequer me interessar por substitutos. Mal tive tempo de pedir meu bobó e escondidinho de camarão, que a mocinha que estava nos procurando no hotel já veio investindo pra cima de mim com todas suas 87 garras-serrilhadas-e-forquilhadas. Tratei logo de contar TU+DO=TUDO da minha vida pra tirar as esperanças da moça e que ela me deixasse comer e beber em paz; mas qual o que, a doida queria é falar e falar e falar.

Ainda voltamos com a mesma carona solicita, e já na porta do hotel, surge outro assunto: a professora que viu a peça 3 vezes, e que estava no bar também, e qual era a dela. E me contaram que a dela era moi aqui, mesmo eu já sacando faz é tempo, porque o macaco aqui é razoavelmente ancião.

Não vou mentir que o ego inflou com gás hélio e levou a moral lá pra estratosfera, mas ao mesmo tempo, essas coisas me cansam. Ainda na saida da última sessão, o produtor pediu pra sair pra bater fotos com as pessoas, e só faltaram sequestrar a gente. As pessoas nos enxergam do alto do palco como se estivesse num pedestal, e eu não me sinto muito a vontade nesse papel. Somando o fato de que, estamos ali interpretando os "modelos" de adolescentes, a coisa toma proporções as vezes assustadoras.

Enfim, deixa pra lá o momento "Guarda-costas" e seguindo com a história...

(Gente, que post longo...)

Chegamos em Alfenas, e logo nos "mudamos" pra Três Corações, cidade natal de um dos atores, para passar o dia na chácara dos avós dele. Muita comida, casa linda, piscina e afins. No dia seguinte, rumamos para São Tomé das Letras, uma cidadezinha próxima, encrustrada numa montanha rochosa linda de chorar. Visitamos uma comunidade alternativa, subimos o morro, tomamos banho de cachoeira, e de quebra, vi a morte dar uma sopradinha no meu cangote. Voltando da cachoeira, uma criatura humana veio na direção contraria muito desgovernadamente, se assutou com o nosso carro, e saiu da pista aos rodopios, parando de pancada no acostamento. Nem deu tempo de pensar na vida, foi tudo tão depressa que, se minha hora tivesse sido aquela, eu não teria nem tempo de p...

!

No final das contas, voltei sem comprar um porta-sacos sequer, pois minha época riponga passou faz é tempo, e aquilo tudo eu já vi em tudo quanto é tudo. Amanhã voltamos pra Alfenas, para finalmente conhecer a cidade que a gente chegou e esnobou.

2 comentários:

Bokapiu disse...

Que saga! hahaha

Será q o povo mineiro desconhece o significado do termo "voadora"?

Ge disse...

Deve ter sido muito divertido...hahhahaa...eu fico imaginado as cenas...hahhaha...bjus.