... e de repente, acordo com o despertador azucrinando os tímpanos!
Ando meio ligado. Ando meio desantenado. Durmo, e ando por aí.
É tanta coisa acontecendo, que eu preciso extravasar. Mas não sei como.
E se a peça está ficando linda, é porque juntaram um bando de loucos, que a despretensa tentativa em se divertir vem se tornando brilhante. E nem queremos ser brilhantes, apenas ser alguma coisa tão pequena, e tão simples, que as vezes a gente esquece. É que cada um alí ama o que está fazendo; cada um em seu grau de tratamento, cada um consumindo seu Placebinho de cada dia, cada um, consciente ou inconscientemente, está dando um berro com algodão na boca.
Criaturas corajosas essas, que brincam de fingir que não se importam, que brincam de contar as moedas de uma fonte pra ver se chega a um milhão, que brincam de roleta russa.
E a gente dança, mesmo sem saber se vai dançar.
E a gente corre contra o tempo, porque não sabe se vai dar.
E a gente se depara com cada momentinho bom...
A casa aqui, segue em uma bagunça que beira a insuportável. Bagunça que arruma, mas insiste em voltar. Como o despertador, que se prolonga mais 15, e mais 15, e mais 15... até passar da hora de ir pra academia, pra um tratamento de self-image.
O almoço que eu deixei de fazer, porque ficou mais fácil comer a comida dos outros.
A cama nem arrumo mais. Aqui, moram papai mafagafo, mamãe mafagafo e seus seis mafagafinhos.
E esse chuveiro que não para de queimar, e não me deixa lavar a alma! (Aaaaaaaahhhhrrrrrgggggg!)
A vida segue, retumbando com o sub-woofer. Música aqui, pra dormir, pra acordar, pra tomar banho, pra cozinhar, pra lembrar...
Lembrar que virei a última folha do calendário.
Lembrar de tudo que passei esse ano, principalmente de tudo que ainda vou passar.
Tô me formando. E foi uma longa estrada.
Tô indo reencontrar Jão. E foi um lindo passeio. E vai ser.
... e de repente, acordo com o despertador martelando o martelo!
Ando misturando cada sonho desconexo. Também, fazia tempo que eu não dormia acompanhado. Nem que fosse em pensamento. Eu já me aconchego em você, sabia?
Ando misturando arte com vida, e sonho com interpretação. Cada devaneio de espírito, cada estado mental... chorando fácil no palco, porque na vida tá fácil sorrir.
Ando tranquilo, e correndo cada vez mais rápido. Eu sei que esse tempo vai chegar, só o que me preocupa é quando vai terminar. Mas não termina, eu sei que comigo não termina.
Como eu nunca termino de escrever uma linha. Como as idéias, que fluem em vômito-organizadamente-bagunçado.
As vezes eu preciso falar, porque eu não falo. Isso é um exercício. As vezes, é preciso ser qualquer coisa, ao invés de parecer coisa nenhuma. Falar coisas que merecem ser ditas, ou falar uma merda qualquer. Por isso canto tanto. É mais fácil cantar coisas dos outros. Mas aqui vou eu, me permitindo, aos pouquinhos...
Em doses homeopáticas, que é pra não assustar esse paciente que pacientemente já sofreu por excesso de paciência.
Mas já me permito dizer que te quero, pelo simples prazer de te ter. E desejo em doses cavalares, porque minhas veias saltam ao esforço de não te ter.
E já me permito correr riscos, andar na beira, abrir as asas. Estou vivo, cada vez mais, e não posso me desculpar por ser assim. Olhos cada vez mais abertos pra ver a jato o que está longe. Ouvidos apurados com fones-de-ouvido pra entender. Olfato que suspira, e suspira... ao encontro da pele.
E vou dormir de que jeito? Com tanta vida em movimento!
Prefiro pôr flores na janela.
Ando meio ligado. Ando meio desantenado. Durmo, e ando por aí.
É tanta coisa acontecendo, que eu preciso extravasar. Mas não sei como.
E se a peça está ficando linda, é porque juntaram um bando de loucos, que a despretensa tentativa em se divertir vem se tornando brilhante. E nem queremos ser brilhantes, apenas ser alguma coisa tão pequena, e tão simples, que as vezes a gente esquece. É que cada um alí ama o que está fazendo; cada um em seu grau de tratamento, cada um consumindo seu Placebinho de cada dia, cada um, consciente ou inconscientemente, está dando um berro com algodão na boca.
Criaturas corajosas essas, que brincam de fingir que não se importam, que brincam de contar as moedas de uma fonte pra ver se chega a um milhão, que brincam de roleta russa.
E a gente dança, mesmo sem saber se vai dançar.
E a gente corre contra o tempo, porque não sabe se vai dar.
E a gente se depara com cada momentinho bom...
A casa aqui, segue em uma bagunça que beira a insuportável. Bagunça que arruma, mas insiste em voltar. Como o despertador, que se prolonga mais 15, e mais 15, e mais 15... até passar da hora de ir pra academia, pra um tratamento de self-image.
O almoço que eu deixei de fazer, porque ficou mais fácil comer a comida dos outros.
A cama nem arrumo mais. Aqui, moram papai mafagafo, mamãe mafagafo e seus seis mafagafinhos.
E esse chuveiro que não para de queimar, e não me deixa lavar a alma! (Aaaaaaaahhhhrrrrrgggggg!)
A vida segue, retumbando com o sub-woofer. Música aqui, pra dormir, pra acordar, pra tomar banho, pra cozinhar, pra lembrar...
Lembrar que virei a última folha do calendário.
Lembrar de tudo que passei esse ano, principalmente de tudo que ainda vou passar.
Tô me formando. E foi uma longa estrada.
Tô indo reencontrar Jão. E foi um lindo passeio. E vai ser.
... e de repente, acordo com o despertador martelando o martelo!
Ando misturando cada sonho desconexo. Também, fazia tempo que eu não dormia acompanhado. Nem que fosse em pensamento. Eu já me aconchego em você, sabia?
Ando misturando arte com vida, e sonho com interpretação. Cada devaneio de espírito, cada estado mental... chorando fácil no palco, porque na vida tá fácil sorrir.
Ando tranquilo, e correndo cada vez mais rápido. Eu sei que esse tempo vai chegar, só o que me preocupa é quando vai terminar. Mas não termina, eu sei que comigo não termina.
Como eu nunca termino de escrever uma linha. Como as idéias, que fluem em vômito-organizadamente-bagunçado.
As vezes eu preciso falar, porque eu não falo. Isso é um exercício. As vezes, é preciso ser qualquer coisa, ao invés de parecer coisa nenhuma. Falar coisas que merecem ser ditas, ou falar uma merda qualquer. Por isso canto tanto. É mais fácil cantar coisas dos outros. Mas aqui vou eu, me permitindo, aos pouquinhos...
Em doses homeopáticas, que é pra não assustar esse paciente que pacientemente já sofreu por excesso de paciência.
Mas já me permito dizer que te quero, pelo simples prazer de te ter. E desejo em doses cavalares, porque minhas veias saltam ao esforço de não te ter.
E já me permito correr riscos, andar na beira, abrir as asas. Estou vivo, cada vez mais, e não posso me desculpar por ser assim. Olhos cada vez mais abertos pra ver a jato o que está longe. Ouvidos apurados com fones-de-ouvido pra entender. Olfato que suspira, e suspira... ao encontro da pele.
E vou dormir de que jeito? Com tanta vida em movimento!
Prefiro pôr flores na janela.
2 comentários:
Pode sonhar acordado e venha viver a realidade com um sorriso no rosto!
Olá Fer!
Belíssimo!
Vida, Vida, Vida, que pulsa em nós e vibra no contato com o Outro!
Viva e ponha flores nas janelas!
Em todas as janelas!!!
Um grande beijo!
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