Foi uma longa ausência. Me justifico em algumas linhas.
Ontem fui ao show de Beyoncé. 50 mil pessoas embasbacadas com uma semi-deusa dos tempos modernos. Semi? Nos dias atuais, chego a desconfiar que Beyoncé seja mesmo o *eus de algumas daquelas pessoas que choravam e gritavam pelo nome de uma negra americana de nome francês que canta uma língua que a maioria ali não entendia. Invejo essas pessoas que conseguem ser feliz com R$ 80,00. Felicidade plena, não duvide.
Hoje acordei, deixei a paciência em 2:30h dentro de um mercado abarrotado por conta do carnaval; deixei uma nota preta em comida e necessidades; deixei algumas calorias pelo caminho de volta à casa.
Subi a escadaria da favela em frente de onde moro, fiz amizade com o dono de um botequim que me deixou levar 4 engradados de cerveja sem muita cerimônia, nesse tipo de confiança que só os menos privilegiados são capazes de depositar no próximo.
Prestes a começar o almoço, escuto 6 tiros. Me jogo no chão. Breve silêncio. Olho pela janela e vejo 2 adolescentes descendo a mesma escadaria em que acabara de passar, um deles escondendo uma arma numa sacola de papelão azul. Num impulso jornalístico, agarro a câmera e volto, para registrar uma pequena turba se despencando por todos os lados em mórbida curiosidade. O corpo caído logo ali, em frente a minha janela. Por alguns degraus não vejo o sangue. Fico registrando a vida que passa.
Os dias por aqui tem sido assim, intensos, descontrolados, imprevisíveis. Me casei. De dividir o teto e tudo, aliança e tudo, juras de amor e tudo. O casamento no papel sai em setembro, com direito a festa discreta e convidados. Não sei se minha família virá. Talvez venham e me surpreendam, talvez eles simplesmente não entendam, e eu sigo minha vida tentando ser feliz.
Me mudei, de um pequeno largo onde presenciei um homem ser esfaqueado para um onde acabei de ver um homem ser baleado. A casa ainda não esta 100%, mas está lindinha como 2 pessoas que se amam podem conquistar.
Amar. De repente, esse tempo chegou.
Então eu meio que abandonei esse espaço. Tem tanta vida aqui fora, que mal dá tempo de pensar em acordar.
Mas eu volto, sempre que der para escrever alguma coisa.
Ontem fui ao show de Beyoncé. 50 mil pessoas embasbacadas com uma semi-deusa dos tempos modernos. Semi? Nos dias atuais, chego a desconfiar que Beyoncé seja mesmo o *eus de algumas daquelas pessoas que choravam e gritavam pelo nome de uma negra americana de nome francês que canta uma língua que a maioria ali não entendia. Invejo essas pessoas que conseguem ser feliz com R$ 80,00. Felicidade plena, não duvide.
Hoje acordei, deixei a paciência em 2:30h dentro de um mercado abarrotado por conta do carnaval; deixei uma nota preta em comida e necessidades; deixei algumas calorias pelo caminho de volta à casa.
Subi a escadaria da favela em frente de onde moro, fiz amizade com o dono de um botequim que me deixou levar 4 engradados de cerveja sem muita cerimônia, nesse tipo de confiança que só os menos privilegiados são capazes de depositar no próximo.
Prestes a começar o almoço, escuto 6 tiros. Me jogo no chão. Breve silêncio. Olho pela janela e vejo 2 adolescentes descendo a mesma escadaria em que acabara de passar, um deles escondendo uma arma numa sacola de papelão azul. Num impulso jornalístico, agarro a câmera e volto, para registrar uma pequena turba se despencando por todos os lados em mórbida curiosidade. O corpo caído logo ali, em frente a minha janela. Por alguns degraus não vejo o sangue. Fico registrando a vida que passa.
Os dias por aqui tem sido assim, intensos, descontrolados, imprevisíveis. Me casei. De dividir o teto e tudo, aliança e tudo, juras de amor e tudo. O casamento no papel sai em setembro, com direito a festa discreta e convidados. Não sei se minha família virá. Talvez venham e me surpreendam, talvez eles simplesmente não entendam, e eu sigo minha vida tentando ser feliz.
Me mudei, de um pequeno largo onde presenciei um homem ser esfaqueado para um onde acabei de ver um homem ser baleado. A casa ainda não esta 100%, mas está lindinha como 2 pessoas que se amam podem conquistar.
Amar. De repente, esse tempo chegou.
Então eu meio que abandonei esse espaço. Tem tanta vida aqui fora, que mal dá tempo de pensar em acordar.
Mas eu volto, sempre que der para escrever alguma coisa.
Um comentário:
Está mais que aceita as explicações de seu sumiço...hahhah...tempo de amar, aproveita!
Aparece sempre para contar as novidades...bjão.
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