sábado, 17 de abril de 2010

I was drowning you...

Nunca imaginei que aqui chovesse tanto. Chove bem mais. A escadaria da favela... ups, comunidade... em frente vira uma queda d´água todo dia. Resultado: tenho faltado as aulas mais do que o ideal de bom aluno.

Falando em aulas, vão bem, mas sigo cada dia mais cansado. Estar na aula é ótimo, mas até chegar nela é um martírio. Tenho melhorado lenta e calmamente, principalmente na Dança Afro, minha maior dificuldade.

Acabei de assistir "A Single Man" (me recuso a usar a tradução...), filme de estréia de Tom Ford como diretor. Filme delicado, historia simples que se desenvolve lentamente. Colin Firth e Julianne Moore excelentes, e obviamente, um bom gosto estético e o apuro visual de encher os olhos.

E que bom que já é sábado, vou dormir até o *u cair da bunda-tchau!

domingo, 11 de abril de 2010

Eu vou estar...

Quando ouvia dizer que Salvador nessa época só chovia, eu pensava: "que exageiro, deve ser uma chuvinha besta e só...". Eu estava enganado, muito enganado.

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Será que só eu gostei de "A Caixa"?

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As vezes aqui em casa eu tenho que rir ao ver meu amor sair correndo pra frente da TV dizendo: "óh... meu amigo Vladmir (o Brictha)... óh... minha amiga Karina Buhr... óh...". Quem será que esse homem não conhece?

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E a Maisa-a-menina-monstra rindo do espectador de 7 anos porque ele escolheu a bexiga rosa?

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E falando em rosa, e essa calça rosa-e-legging do Fiuk, gente? Que porra é essa de Fiuk? Alguém me passa um boa noite Cinderela, please?

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Assisti hoje "Aqueles Dois", encenação do simpático grupo mineiro Luna Lunera de um texto de Caio Fernando de Abreu. Estão pelo SESC Palco Giratório, se passarem por ai, não percam. Encenação bacana, grupo interessante, interpretações delicadas.

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Tô cada dia mais pobre, e cada dia mais cheio de projetos. Quando os projetos começarem a decolar, vou estar cada dia com menos projetos e cada dia mais rico (aham...). Tem tanta ideia na cabeça que daqui a pouco vou ter que organizar uma agenda e marcar hora pra cada um. Alguém sabe de alguém que paga por idéia?

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Resolvi entrar num desses joguinhos sociais de paginas de relacionamento. O escolhido foi Segredos do Mar do Orkut, que entrei meio como o mané que experimenta o crack: sabe que vai viciar. Viciei.

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E essas adolescentes continuam gritando pelo Fiuk, e eu quase gritando pra calça cor de rosa dele pra ver se ela muda de cor.

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Tchau.

sábado, 3 de abril de 2010

Twiglight zone...

No more Big Brother! Yes!

Liberdade. Ah, a liberdade...

Páscoa de leve com direito a ovo de chocolate e tudo. Fui numa festa chamada “E haja ovo”, com direito a caruru e cervejinha. Depois fui até a casa dos parentes do Love e, mais caruru. Abençoado seja a culinária baiana...

Com mais tempo a gastar com coisas que realmente importam, terminei um texto para teatro, e vou dar start em um outro negócio. Mais detalhes só quando vingar!

Acabei de assistir “A Caixa”, novo filme de Richard Kelly, diretor de Donnie Darko se-você-não-viu-veja! O argumento já me interessava desde que fiquei sabendo do filme: um dia, um casal recebe em casa uma caixa com um botão. Ao apertá-lo, duas coisas acontecem: uma pessoa que eles não conhecem morre, e eles ganham 1 milhão de dolares. Fiquei com essa idéia na cabeça por muito tempo, e sabendo que o filme tinha sido adiado algumas vezes nos EUA, sinal de que algo não ia bem com as exibições-teste. E Holliwood é perita em criar argumentos interessantes que não vão a lugar algum (vide “Desaparecidos”, “Plano de Vôo”, quase todos os filmes que o Shyamalan fez depois de “O Sexto Sentido”... só pra citar alguns), mas como era um roteiro de Richard Kelly, fui assistir com pequenas ressalvas (tipo, a protagonista é a Cameron Diaz...). Ambientado em meados da década de 70, o filme nos convida a fazer uma viagem para aqueles filmes de suspense que brotoejaram nessa época, quando os EUA estavam fazendo suas viagens espaciais e o medo mundial era o que iriam encontrar por lá. Me lembrei logo de “Além da Imaginação”, aquela série antiga em que os temas eram alienígenas, vampiros, viagens espaciais e gente estranha, muito estranha. Está tudo lá: o sentimento de uma grande conspiração, o medo do desconhecido, o sobrenatural, e claro, o absurdo. O grande trunfo do filme é se manter sempre a frente da nossa curiosidade, colocando novos elementos e mantendo a atmosfera tensa. Como nem tudo são flores, as vezes esse formato de cinemão antigo se auto-esgota dentro de seus próprios absurdos, e ainda mais para uma platéia tão jovem que esse tipo de filme atrai, as tais referências e homenagens não acham seu público alvo tão facilmente. E contando com um casal de protagonistas sem química nenhuma e de talento ainda duvidoso e à prova. Particularmente, me diverti um bocado, o trabalho de arte é impecável, além da relação com Sartre bem trabalhada. O próprio diretor declarou que tentou fazer algo mais comercial para não ter problemas de distribuição, o que acho que só prejudicou seu trabalho. Escalar uma estrela para o filme, e não uma atriz já é um indicio disso, mas acho que se ele apostasse em atores desconhecidos (como fez em Donnie Darko) talvez o próprio filme ganharia em alguns aspectos. Mas enfim, é só seu terceiro filme, e até se firmar como bom diretor e poder tocar seus projetos de forma mais pessoal, leva tempo e nem sempre a estrada é fácil.

Eita que esse texto ficou pessoal demais, to me sentindo o amigão de infância do diretor. Filme recomendado, ponto, tchau.