terça-feira, 29 de dezembro de 2009

E o meu perfume na rosa dos ventos...

Feliz Natal!

OK, já passou...

Passei o natal ao lado da familia do love (pela segunda vez), curtindo aquela energia boa. Ganhei um relógio lindão e ainda saí com uma bermuda nova no amigo secreto de roubar.

Fui a um aniversário na casa de Gilberto Gil e fiquei me achando muito importante. Muita roska de umbu, frios e grelhados depois, aproveitei que o simpático ministro se retirou para seus aposentos reais e e me joguei na pista. Sai suado feito peixe pescado e descabelado feito leão depois da disputa pela fêmea.

Andamos de tanta farra pelo Pelô que mais um pouco e trocamos o dia pela noite. Acordar, só depois do meio dia. Isso não faz muito bem mas, deixe estar; em 2010 eu boto as coisas no eixo.

Feliz 2010!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

I see you...

Finalmente, depois de um longo hiato, estou de óculos novamente, e enxergando o mundo de forma mais clara e límpida. Ou ao menos o que ele aparenta ser.

E falando em enxergar o mundo, fui assistir "Avatar", aquela ficção cientifica ousada que James Cameron demorou 12 anos para concluir. E ai, assistindo ao filme (em 3D, cópia dublada para não perder enhum detalhe por conta de legendas) entendi o porquê de tanta demora. Ao mergulhar no mundo de Pandora (porque sim, a gente mergulha naquele mundo), a beleza da fauna e flora e a riqueza de detalhes é tanta que é impossível não desejar que aquilo seja verdade. Chego a jurar que é real, e não gerado em computador. E mais importante que isso, o filme é tão bem sucedido na sua construção que, em seu climax, estamos torcendo para que os Na'vi matem todos aqueles seres humanos nojentos, ou nós.

E o discurso de James Cameron não é a toa. Com toda a recente onda de preservação ambiental e sobre como estamos matando nosso planeta, o filme nos abre os olhos de uma forma muito cruel e ao mesmo tempo bonita. Nós, seres humanos tão dotados de inteligência e racionais, vivemos na terra como parasitas, enquanto aquele povo azul que ainda monta a "cavalo" (os deles tem 6 patas) e usam arco e flecha, são o planeta em que vivem, o respeitam como uma divindade e vivem nele em perfeita harmonia. Matar um animal ou machucar uma planta, é auto-flagelação.

Com isso, somos bombardeados com metáforas nada sutis da nossa realidade, desde o pobre discurso militar de "terror contra o terror" e a queda de uma importante estrutura dos Na'vi em clara referência ao ataque às Torres Gêmeas. E o discurso antibelicista e ecológico nunca soa maniqueísta ou batido.

Para isso, toda a tecnologia empregada se mostra crucial e justificada, uma vez que, repito, aquele mundo parece real. E ao que tudo indica, os atores também não tem mais o que temer, visto que performance capture começa a alcançar seu ápice. Os movimentos e expressões dos atores não parecem nunca se perder, ao contrário, com corpos de 3 metros e grandes olhos, as criaturas se tornam extremamente expressivas.

O único grande problema do filme é ele chegar ao fim. Quero morar em Pandora. Ou ter um Avatar. Ou voar num daqueles bichões alados. Ou pisar no chão que acende. Ou me conectar pelo cabelo com a arvorezona neon.

Tomara que James Cameron não demore mais uma década para dar as caras no cinema.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Se já perdemos a noção da hora...

Eita, eita que o ano tá chegando ao fim. Mas calma lá que ainda tem muito caroço nesse angu.

Por esses dias rolou uma praia de levs, num desses momentos simples e deliciosos que a vida proporciona. E depois, um monte de shows no Pelô de um monte de gente que eu não conhecia e foi diversão total. Ao todo foram uns 6, mas depois de tanto batuque e tanta cerveja, realmente não fui capaz de guardar os nomes, só os momentos.

Fui assistir a uma montagem de Joana D'arc daqui de Salvador. Bom texto, bom elenco, boa montagem. Teatro clásssicão, desses que não me pegam muito, mas que dá vontade de fazer.

Também assistimos a "Proibido Fumar", com a Gloria Pires, filme despretensioso e bacaninha, mas que sinto que vou esquecê-lo dentro de alguns dias.

No quesito culinário, sigo botando inveja a quem quiser ouvir (e ler). Hoje fui a um caruru ofertado a São Cosme e Damião na casa de duas amigas. Foi tanta da comida que tive que apelar para o chá de boldo, pra garantir que amanhã não esteja com um balão de gás na barriga.

Amanhã pego meus óculos e vou correndo pro cinema assistir Avatar. Alias, quem corre é a motinha guerreira do love, que arrasta a gente pra cima e pra baixo nesse reconcavo ouvindo a gente cantarolando tudo o que passa pela cabeça.

"Corre, corre lambretinha / pela estrada além / Corre, corre lambretinha / quero ver meu bem"

;)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tem certas coisas que eu não sei dizer...

Quinta feira de sol e calor em Salvador (redundância), e eu em casa, escrevendo um projeto enquanto o bem-eu-quero vai para Candeias trabalhar. Colbie Cailat no radio, com aquela musiquinha que eu vou seguir cantarolando durante todo o dia. Acho que vou lavar roupas e descongelar a geladeira.

Por esses dias fui a um amigo secreto de cerveja importada (!) na casa da minha amiga blogueira-e-sumida Juliana Rocha do Luzes da Madrugada. Bebi pra caralho, e ainda levei pra casa uma cerveja rubi portuguesa que vai bem com carne, mas bebi pura mesmo.

Ainda sem saber o que será do reveillon, que já foi cogitado Rio e afins, mas no final das contas vamos acabar ficando por aqui mesmo. E oras, afinal estamos em Salvador, não é preciso muito para ter uma bela virada. Até porque conta mais com quem do que onde.

Da saga Comida de Buteco, provei um arrumadinho de frango e calabresa descarado, que quase me levou ao suicidio por... como se chama quem morre de comer? OK, guloso. Sério, não sei e nem o Tio (Google). O prato é do Tampinha Bar, e seria o Tropeiro com Pernil a Mineira, mas o love não come carne vermelha, e então trocamos pelo arrumadinho sem peso na consciência.

Meu cabelo está quase dando pra amarrar, e apesar de dar trabalho e de estar parecendo um poodle depois do Katrina, tô curtindo mudar um pouco o visual. Depois decido o que faço dele; pinto de azul calcinha, faço um rasta ou raspo no meio e faço um Bozo (?).

Medo de mim mesmo.

Meu blog foi avaliado em 3 mil. Alguém se habilita? Levando em conta que ele fez 1 ano em Abril e eu nem dei bola, vendo pela metade do preço...

Mentira!

Mandei fazer óculos novos. Eles ficam prontos só no dia 21, então isso significa que só verei Avatar daqui uns dias, pois esse merece ser visto em alta resolução.

Assisti ao tão aguardado Lua Nova, e bem...

Pausa para um comentário ao estilo Plantão da Globo.

Descobri recentemente uma mania imbecil-porém-divertidissima no youtube, que são os videos de reaction. A ideia é filmar a cara das pessoas assistindo a um certo video de sucesso, seja para rir ou para dar um susto. Esse é totalmente freak, e me faz pensar que um dia, eu levarei um tiro na cabeça por conta do meu comentário a seguir. Dito isso, lhes apresento os assassinos em série new generation:

http://www.youtube.com/watch?v=0IUE0qQh2Sg

E que tal essa:
http://www.youtube.com/watch?v=GBd70s6yUb8&feature=related

Loucura é um virus que se propaga pelo ar, e nesse caso, disconfio que por relações sexuais:
http://www.youtube.com/watch?v=A105u7sDCLE&feature=related

Pois bem, Lua Nova é bem melhor do que o primeiro, isso é fato, mas isso não significa que seja um grande filme. É perfeitamente compreensível o sucesso da saga, e acho realmente bacana ela despertar nos adolescentes o interessem em ler, por melhor ou pior que seja a narrativa. eu por exemplo, tomei gosto pela leitura graças a trilogia do Cachorrinho Samba (!!). Agora, baseado no filme (já que nunca li e nem pretendo ler os livros), me parece que a tal Stephenie Meyer não passa de uma boa argumentadora mas dificilmente será uma grande escritora. Não me incomoda o fato dela usar Romeu & Julieta de forma tão descarada, mas os dialogos continuam sofríveis de morrer. O chato do Edward continua com seu discurso chato de não-posso-com-você-vou-fugir-mas-volto e não-te-quero-mais-mas-me-espera, mas ao menos dessa vez ele foge de uma vez e para de perturbar a perturbada da Bella. Gosto muito de Kristen Stewart (vide Quarto do Panico e Os Mensageiros) mas faltou ela derramar algumas lagrimas, não? Quer dizer, uma Oficina de Atores da Globo já resolvia, ou ao menos uma passadinha pelos livros do titio Stan. E por fim, o tal do Taylor Lautner que... bem, faço meus o comentário de Bella: "como você está musculoso", inclusive com a mesma cara com que ela olha para um vidro de maionese.

Hihihi...

Mas vá lá, o filme tem algumas boas sequências, como a cena do aniversário de Bella e a chegada dela a Itália. Espero que os Volturi sejam mais explorados nas continuações, pois me parecem bem mais interessantes do que o imã-de-monstros-bonitinhos e companhia.

Vai começar O Natal de Eloise na Globooooo... Oh my God, oh my God, ohmygodohmygodhomygoooooodddddd......!

...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

No dia em que eu vim me embora...

Esses dias eu me peguei pensando em como as coisas passaram depressa. "Tão depressa que mal deu tempo de reparar". E acho que sou eu que na verdade não gravo muito essa relação com o tempo. Quer dizer, ele é algo que só vai ser, mas nunca foi.

Não faz muito sentido, né?

Bem, aqui em Salva as coisas vão indo naquele andamento levemente descompassado; um andamento um cadinho mais suave, amém. Fui ao cinema assistir "Julie & Julia", com a maldita-sempre-boa da Meryl Streep e a sempre-so-sweet Amy Adams. Filme gostosinho, não só pelas delicias de receitas, mas pela história bacaninha. O roteiro peca um pouco na estrutura, mas é uma excelente história pra se ver acompanhado (como eu) ou para aqueles dias em que você quer um filme que não te faça querer cortar os pulsos.

Inspirados (ou não) pelo filme, fomos até um Bar chamado Koisa Nossa, ganhador do concurso Comida di Buteco com o Pastel Mariscada. É um petisco com cinco bichos dentro: camarão, bacalhau, polvo, aratu e siri. Cada mordida, um sabor, uma textura. Morri.

Missão: provar todos os 31 pratos do concurso.

Minto. Dispenso a dobradinha e a lingua de boi. Ieca.

Abandonei a academia sumariamente pela vida de glutão torrado ao sol. E dá pra pensar em outra coisa nessa terra?

Ah, !

Conheci Santo Amaro, a terra de Caetano e Bethânia. Uma cidadezinha simpatica com uma igreja a cada quadra. Logo em seguida fui até Candeias, mas só deu pra provar um geladinho de coco.

Tudo muito lindo, tudo muito bom, mas preciso começar a me organizar. A poupança nao vai durar para sempre.

Mas só vou até ali comer uma coisinha e volto já.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mil voltas e voltas que dei...

Pois bem, voltei pra Salvador e tudo volta a ser vida novamente. Acho que tenho alguma espécie de fobia a distancia. Sei-lá-deixa-pra-lá.

Aqui é uma explosão de coisas para se fazer (claro que, acompanhado de um cicerone altamente pop, tudo fica mais fácil). Já vi shows, fui a festas, coqueteis, carurus, recepções, lavagem e toda avant guarde que nos aparecia. Sem contar a praia, ah, a praia. Lavei a alma, deixei que Yemanjá levasse embora toda aquela energia passageira ruim. Yemanjá que me desculpe, mas ela é bem mais forte do que eu pra levar essas coisas embora.

Agora, é averiguar o que será da vida daqui pra frente. Preciso trabalhar, preciso desenferrujar, preciso voltar aos palcos. É,. Quero voltar ao palco sem microfones, sem cantar, sem dançar. Algo mais pessoal. Não que esteja renegando, mas quero um desafio de ator. Processo, discutir texto e aquela coisa toda.

Enfim. Mas agora vou deixar as coisas simplesmente acontecerem. Fui!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Auch! I´ve done it again...

São Paulo (ainda), 01 de dezembro de 2009


As vezes a gente se atropela.

Se precipita feito pedra rolando desgovernada mesmo.

Porque a vida é feita de anseios. Eu sou muito ansioso. Para certas coisas eu sei lidar, mas para outras não.

As vezes a gente troca os sapatos de pé, e sai pisando torto.

As vezes a gente põe um chinelo e relaxa.

Bem, ontem tive um dia monstro. E ele não precisava ter sido assim. Era só pra ter sido mais um dia desses em que a gente joga o jogo da tentativa e fracasso, até que o fracasso se torne um sucesso. Mas ai, eu troco a cabeça pelos pés, e saio desgovernado tentando suprir minhas faltas como se o mundo fosse acabar em 2012.

Então bate o arrependimento, a insegurança, bate tudo. Sobram olhos inchados, noite em claro e um roxo no joelho.

Mas eu sou assim mesmo, inseguro e sentimental. Quem me conhece sabe que eu vivo dos tropeços, das sinceridades, dos impulsos.

E pago muito por isso.

Sofro com isso, mas não sofro por ser assim. Acho bonito ser assim. Em alguma coisa eu preciso me achar bonito.

Eu sou similar a vida e ao Windows Vista: cheio de erros. Mas sigo sempre tentando acertar, com a melhor das intenções. E não me diga que, de boas intenções o inferno tá cheio porque eu já sei que, se esse lugar realmente existe, eu nasci destinado a ele, pronto_falei e mi_erra.

Um amigo me disse que acha que o meu problema é ser verdadeiro demais. Eu já acho um problema a gente viver de forma a não poder ser verdadeiro. Não quero meia luz, máscaras, maquiagens. Quero cru, fresco e original.

Por exemplo, o cachorro do vizinho aqui da casa onde estou hospedado. O pobre chora o dia inteiro, agonizando por algo que ele não diz o que é. Se cachorro falasse, talvez tudo estivesse bem com ele.

(Cuma?)

Desculpem por passar por cima daquilo que me aflige.

Desculpem por partilhar tudo o que tenho, bom ou ruim.
.
Desculpa, mas é que te amo mesmo...

E se não quiserem, vão ler um blog sobre celebridades!

Pronto_falei.

Hihihi...
*
Ah, solte um pouco o freio, deixe de receio, encare mais os fatos, sirva ainda frio seu coração... (Ludov)

"Estou cansado agora...

... caminhei, caminhei... e parece que não cheguei..."

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Virá que eu vi...

Ainda não foi dessa vez. E desta vez, passei foi longe.

Cheguei e dei de cara com um monte de homens lindos, de 2 metros de altura, fazendo abertura total no chão. A audição começou de cara com coreografia, para minha surpresa. Dançar e depois cantar? Foi só o começo de um breve pesadelo.

Entrei no banheiro e dei de cara com um ex-Br´oz cantando no banheiro. Sai e dei de cara com uma ex-Rouge chegando toda diva. Ambos me cumprimentaram avidamente. Saquei que esse povo de testes em São Paulo se conhecem todos. E mesmo quando não conhecem, cumprimentam como se conhecessem. Porque você pode ter conhecido, e ter esquecido.

A coreografia era um Can Can.

De salto.

Sim. Alto.

Passé, battement. Passé, battement. Giro para direita, pose. Giro para esquerda, pose. Piquê pirueta 8x. Passo, grand jeté, battement e queda no espacate.

Não era tão difícil assim, mas eu não tenho mais a abertura de perna que eu tinha. Nem a agilidade. Nem a força. E de salto, tudo ficou ainda mais difícil.

Passaram os bailarinos com abertura. Eu, limado sem nem ao menos cantar; nem ao menos sapatear.

Estou mais frustrado do que triste. A gente sempre espera a oportunidade de poder mostrar tudo o que tem, tudo o que ensaiamos, mas o que esperam é que sejamos bons já no primeiro passo. E nem estão errados. Para se ter qualidade, é preciso ser exigente. A tristeza cabe um pouco também. Impossível não pensar que foi menos um. Mas já tinha consciência de tudo isso. No surprises.

Preciso voltar a praticar. Preciso de clássico, de sapateado e aulas de canto. Para agora. Meu tempo está passando, não dá pra regredir. Não posso ser menos bailarino, quando já tive algo muito bom pra mostrar. Preciso pisar no palco sem microfones. Preciso ser desafiado sempre, para não me acomodar. Preciso estar seguro. Preciso evoluir como artista, preciso de técnica se quiser sair da margem do palco. São Paulo ainda é grande demais para mim. Não é um monstro, mas tem tamanho.

Hoje a peteca caiu. Eu sempre deixo ela cair. Mas não tenho vergonha de me abaixar, pegar e tentar de novo.

Minhas pernas doem. Ser mulher por 1 hora foi difícil. Mas dignamente, chutei com toda minha força e não cai.

"Quero colo..."

"Amanhã, outro dia..."


Tenho fome; muita fome. Vou comer tudo o que não desceu o dia todo. Volto quando matar o que está me matando.

;)

domingo, 29 de novembro de 2009

A melodia singela...

Eu tinha prometido a mim mesmo que não iria viajar tão cedo de novo (a não se que fosse em lua-de-mel), mas me enganei mesmo.

MEMO: nunca mais pegar um vôo noturno.

Sai de Salvador as 4 da matina, um horário ingrato que só me convenceu pelo preço, mas que só amanhã sentirei os resultados disso. Minha voz ficou sentada na poltrona 19c do avião da Webjet, meus calcanhares doem como nunca. Lembrei de como minhas panturrilhas ficaram bonitas na minha época áurea de sapateador, e mais uma razão pra eu voltar a atormentar os vizinhos. Independente do resultado, é hora de voltar a prática. Todo tipo de prática. Dizem que ela nos leva a pefeição.

Estou bem tranqüilo para amanhã. Já não é minha primeira audição, já sei das minhas qualidades e fraquezas. Esperando que o resultado seja o que me faça mais feliz. Essa é minha única preocupação.

Fui ao cinema com Jão e Tyncho assistir o tão aguardado “Do começo ao fim” (ou seria o-filme-dos-meio-irmãos-gays-que-se-pegam?). É um filme que se pretende singelo, mas quase nunca consegue. Apesar de ter chorado 3 vezes durante a projeção, foi um sentimento que veio mais pela identificação-desejo com a ficção projetada a 24 (sem trocadilhos) fotogramas por segundo. É um filme que se propõe polemico na sua idealização, mas raso em toda sua concepção. Roteiro por vezes prosaico demais, direção dura, atores fouxos. Mesmo Julia Lemmertz, que sempre acerta (e aqui também), acaba sofrendo pelos equívocos de edição, e acaba soando um pouco over nos seus momentos reflexivos sempre acompanhada daquela trilha sonora pretensiosa. Uma pena.

Assisti também à uma bela peça chamada “A mulher que escreveu a Biblia”. Texto bem sacado, atriz afiada, muitas risadas. Nada como ver um teatro bem realizado.

Por aqui, na lenta espera do dia de amanhã. Me hospedando na casa de Gustavo, amigo querido de longa data, olhando a chuva pela janela, os gritos futebolísticos pipocando por toda a vizinhança. Até breve.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Devote ourselves to projects that sell...

Francamente...

Cheguei em Salvador, depois de alguns longos meses, e tudo parecia tranquilo. Ainda sem tempo de matar a saudade devido a correria, com um hospede extra na casa, mas tudo OK, afinal, eu estou de "férias" e tempo não deveria me faltar.

Não deveria.

Recebi um e-mail me convidando para uma audição em São Paulo, do musical da Broadway "A Gaiola das Loucas". Confesso que ri muito me imaginando fazendo essa peça, mesmo só conhecendo o filme, da qual lembro pouca coisa.

Mas calma lá. Era pra eu estar respirando, não sapateando pela casa feito doido pra tentar recuperar os anos sem praticar. Era pra eu estar descansando a voz, e não cantando. Era pra eu estar namorando, e não me afastando.

Mas, calma. Um passo de cada vez. Primeiro, vamos ao teste. Nada de por a carroça na frente dos bois.

Por aqui, já fui à praia e tirei a cor de tofu, já comi muitas coisas delicias que essa terra tem pra oferecer... mas...

OK.

Vou sumindo, vou resurgindo a medida do possivel e dos acontecimentos. O que tiver que ser...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

Causa e efeito...

Tempos atrás, me reuni com amigos para assistir ao “Esquadrão da Moda” do SBT com a Stephanny, uma criatura que, por conta de uma versão cara de pau de uma musica americana, unida a um videoclipe que mistura TecPix com inclusão digital, virou hit em poucos dias. Uma adolescente ainda mal formada, com um ego do tamanho de um trem, que se julga acima de tudo pois, oras, ela tem uma grande parcelas de fãs reais (e não é a opinião deles que importa?).

Então, por esses dias, leio bem por cima que uma menina foi perseguida e assediada por uma turba de marmanjos desocupados na faculdade por conta da saia curta. E agora a tal Geisy já é cotada para sair na playboy, fazer um comercial de lingerie e desfilar na Sapucaí pela Porto da Pedra. “Sou linda e gostosa, sim. Se eu fosse feia, talvez nada disso tivesse acontecido”; e eu pensando que só faltou ela incluir o bordão “absoluta”.

Agora, o presidente Lula criou o Confecom: Conferencia Nacional de Comunicação. Um dos primeiros projetos consiste em proibir propagandas com pessoas de cabelos alisados, visto que isso pode causar “transtornos de toda ordem”, prejudicando “a integridade física e psicológica” de quem assiste.

Pois bem.

Vou entrar pra política e sugerir que proíbam a Beyonce de existir, assim ela não influenciará o surgimento de “artistas” como a Stephanny. Assim quem sabe, ela deixa de ser carro chefe de gente comum que se defende com o discurso de que “sou-sim-me-engulam”.

E a minha defesa é que Beyonce pode causar sérios danos físicos e psicológicos a quem assiste.

Mentira?

Tem até vídeo pra provar:


http://www.youtube.com/watch?v=ePNWCniwgfo

Vou aproveitar e botar na mesma leva a Lady Gaga, porque vai que as pessoas resolvem sair na rua se vestindo feito ela. Se a pobre da Geisy foi perseguida, imagina vestida assim:





E bora proibir o Maurício de Sousa de publicar histórias com o Caio, seu primeiro personagem gay. Ele pode influenciar as crianças a serem... er... gays.



Porra Stephany, se liga.

Porra Geisy, se encontra.

Porra galera, deixa a menina.

Porra presidente, acorda. AI-5 já era...

Porra Beyonce... ahn...

Porra Lady Gaga, que medo d´ocê...

Enfim...

Let it be minha gente, let it be...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Celebration...

Enquanto isso, na aldeia global:

Minha sobrinha cantando Paparazzi da Lady Gaga como se fosse uma ciranda de roda. Espero que o próximo passo não seja se vestir como ela.

Na sorveteria da esquina, tomei um picolé de uvaia. Isso mesmo, uvaia. Disse a moça que é uma fruta do nordeste. Desconheço. Lembra cajá + um outro gosto que meu paladar não identificou, mas atiçou a memória emotiva. Essa sorveteria por sinal, é um pequeno Oasis no deserto: se toma sorvetes dos mais inimagináveis sabores, como sagu, tomate e arroz doce.

E os fãs de Madonna, que choraram de emoção ao ver a tia passar dentro do carro com vidros escuros? Não duvido, já que até por mim, que faço um personagem secundário duma peçinha de colégio essas loucas se despenteiam. E o prefeito do Rio convidou a véia pra participar da abertura dos Jogos em 2016. Se o Rio já tinha sido nomeado como o melhor destino gay do mundo, agora então, os extremistas que nos engulam, sem gelo e sem açúcar.

Falando em diva pop, o Twitter da Britney foi invadido, e o hacker capetinha (que trocadilho barato...) postou: “eu me entrego a Lúcifer todos os dias para que ele chegue o mais rápido possível. Glória a Satã!” Olha que esse hacker deu uma dica bacana de por onde o sete-pele pode começar a dominar o mundo.

O atacante do Corinthians, Dentinho, vai atuar no filme sobre a Bruna Surfistinha. Até jogador de futebol vira ator, e eu aqui com diploma na mão não faço nem figuração em propaganda de creme pra hemorróidas.

Pegaram o Harry Potter fumando maconha. Essa dispensa comentários.

Estreou 2012. E hoje é sexta feira 13. Será um sinal? Fui.

PS: fui assistir o filme, claro. Não pretendo me enfiar num bunker e aguardar a hecatombe final. Se ela vier, quero assistir da primeira fila.

Contagem regressiva: 1 semana...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Can´t get that trumpet out of my head...

Fui conhecer o Mercado Central de BH, um dos meus programas favoritos em cidades desconhecidas. Eita mercado grande, ficamos bem umas 4 horas sapeando, entre fatias de abacaxi sem resquício de azedo e queijos e cachaças artesanais. Ficaram devendo só em um cantinho com restaurantes e lanchonetes como em SP, mas ainda assim, foi um passeio delicia.

As apresentações aqui têm sido sacais. O teatro, tadinho, está abandonado as traças, e se eu fosse o Kleber Junqueira, ficaria ofendido em ter meu nome num teatro-ferro-velho. Já a falta de organização tem feito a gente apresentar a peça pra quantidades ridículas de alunos, e quando uma peça tem quase mais gente no backstage do que na platéia, realmente, algo deve estar errado.

É mal de mineiro cobrar por tudo ou eu ando freqüentando os piores lugares possíveis? No hotel, tenho que pagar pela internet; no shopping, tenho que pagar pelo banheiro. Credo...

***

Prejudicado pela internet paga, esse blog será escrito feito capitulo de novela.

***

Não tenho tempo de ver a novela, só vi o acidente da tal da mulher que vai ficar paraplégica.

***

Fomos chamados de última hora pra fazer uma participação no Plus Cultural, um aulão do Positivo para os alunos que vão prestar vestibular. A idéia era fazer algumas cenas durante a aula de História, mas o debate era se a gente não iria chamar a atenção demais, já que a aula do professor era muito chata. Ensaiamos até 2 da manhã para decidir que faríamos só uma cena de 8 minutos, e levantamos as 5 para apresentar. Como esperado, a nossa participação foi sucesso, mas passamos o resto do dia na espera, entre aulas de português, show do Strike e passeios no Ibirapuera. Viajamos a noite inteira, chegamos de manhã em Curitiba, e já embarquei para Maringá.

E eu tô com preguiça de falar de SP, já que só tive tempo de fazer os mesmos programas que já tinha feito da outra vez em que estive lá.

Meu foco agora?

10 dias...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Was the same as the one down in mine...

Terminando a sessão em Itaúna, trombei com um carrinho de spagetti no meio da rua, que servia o macarrãozinho numa simpática marmita pelo preço módico de R$ 3,00. Massa, molho vermelho com carne, tomate, milho, queijo, batata palha e torresminho (tá bom pra você?).Perguntei à senhora se ela não queria acompanhar nosso ônibus até o final da turnê, e depois, seguir para Salvador.

Viajamos a noite e chegamos as 3 da matina em Belo Horizonte; eu mal preguei os olhos, e acordei cedo pra tomar café da manhã. As olheiras na minha cara gritando, eu mais cansado do que nunca; físico e psicológicamente. Cansado de fazer a peça, cansado da falta de profissionalismo, cansado de egoísmo, cansado de falta de bom senso, que suspeito ser caso de mal caratismo mesmo.

Deixa pra lá.

Hoje já temos uma sessão, e ainda tenho que achar tempo para conhecer um pouquinho da cidade e encontrar forças para malhar. Meu treino ficou lá pra 1 semana atrás, preciso correr atrás do prejuízo.

Mais cabeludo do que nunca, com uma juba digna de Rei Leão e difícil de domar. Tô até pensando em incorporar um pente à personagem, como aqueles adolescentes metidos a besta dos filmes da década de 50, em seus jeans rasgados e camiseta branca. Se bem que essa juventude não vai sacar mesmo, então, esquece.

Tentando economizar o dinheiro da diária de alimentação, e para isso, descendo todo dia com uma discreta tupeware para o café da manhã, e garantindo a janta. Nesse hotel, a internet também é paga-e-cara-e-funciona-mal, então, a economia se faz necessária.

Contagem regressiva: 15...

E que o tempo mais uma vez seja justo comigo.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

I can hear the bells...

Bem vindo NOVEMBRO!

Finalmente, finalmente, finalmente...

Ontem, desembarcamos em Itaúna-MG. Deixei Curitiba para trás com um dia lindo de sol, mas que não me convence. A viagem poderia ter sido um stress, mas para se irritar são dois trabalhos, então desci até o salão de TV do ônibus, que a equipe fez o favor de por caixas de som gigantescas e microfones. Quando a chefia não está por perto, o povo aproveita. Bebi um pouco, cantei um pouco, e fui tentar dormir.

Fiquei na tentativa. Muita arruaça, muito desconforto.

Itaúna é a típica cidade de interior, sem tirar nem por. O que me chamou a atenção foi a quantidade de ratos mortos pela cidade. Alias, até eu identificar que eram ratos e não rottweilers, demorou alguns segundos de perplexidade. Espero não trombar com um demônio desses vivo.

Reza a lenda que hoje tem passagem de som, mas ultimamente todo mundo largou as bets e saiu correndo, então desconfio que só vou precisar sair do quarto para comer. No hotel não tem TV a cabo, e a internet é paga, para meu horror. E hoje é feriado. Deveria ter aprendido tricô.

A boa noticia é que já estou de passagem comprada. Mal termino a última sessão, quase não ponho os pés em terras curitibanas e já me desbanco para o aeroporto.

Contagem regressiva: 18...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Beating like a hammer...

Ontem terminamos as apresentações em Curitiba. Surpreendentemente, a sessão aberta quase lotou, num teatro de 800 lugares, e longe pra dedéu. Alguns bons amigos foram assistir, gente que não esperava encontrar, e até duas primas que nem tenho contato, mas que gentilmente aceitaram o convite. Foi divertido.

Mas sigo bem cansado de toda essa dinâmica: dias de folga x dias intensos de trabalho. No primeiro dia, acordei as 5 da matina, e ouvindo um barulho estranho, dou de cara com um ladrão arrombando o carro da casa onde estou hospedado. Adrenalina total, passei o resto do dia bem acordado.

Hoje arrumo duas malas: a que segue viagem e que vai pra SSA, e a que mando para Maringá, com as coisas que menos preciso, pois tem muita, mas muita bagagem. Mais uma sessão do momento desapego. Tenho muita camiseta, pouca bermuda, muitos tênis. Tenho que inverter e diminuir tudo isso.

Por aqui, a internet só existe no quarto da irmã da Mait, então tirei uns dias para desplugar. Saudade bate forte, mas a gente segue aguardando. Novembro vem chegando, mais do que bem vindo!

Contagem regressiva: 20...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Essa é a nossa canção...

E eis que voltei pra Curitiba!

Festa?

No, thanks...

Aguardando ansiosamente as apresentações, para viajar de uma vez. Uma semana em BH, voltamos para cá mais uma semana. Eu fujo para Maringá, largo metade de tudo o que me resta de bagagem, e volto para terminar a turnê em Ponta Grossa. Parece longo isso...

Contando os dias para o fim de novembro.

Dormindo na casa da Mait, uma das meninas do elenco, que gentilmente ofereceu a casa para esse pobre sem-teto-sem-rumo-pero-no-mucho.

Eu falei de Guarapuava? Nem me lembro... foda-se...

Se antes eu já fazia a peça no piloto automático, tenho a impressão de que agora eu sigo feito um papagaio de pirata, repetindo aquilo que eu já disse antes; as mesmas entonações, nos mesmos tempos, e seguindo em frente até que enfim essa negoça acabe.

Feio, feio...

Mas fazer o quê? Essa turnê já se extendeu mais do que o humanamente praticável. Minha sanidade já está afetada, sigo mais retardado do que nunca. Mais fácil se fazer de louco do que enlouquecer. Vai que eu não lembro o caminho de volta...

Hoje vou fazer o video de inscrição do BBB 10 da Thais (lembram dela?) e pegar um cineminha. Daqui 2 dias, volta a labuta, e eu quero mais é relax.

O verão que me aguarde. A Bahia que me aguarde. O baiano também... ;)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Tudo métrica, e rima, e nunca dor...

E mais uma cidade que deixamos para trás. Londrina foi o limbo da turnê: chuvas dignas do fim do mundo, 4 dias de folga em que nada fiz além de beber toda água que passarinhos não bebem, e muito sono, sono, sono...

A platéia foi boa em alguns dias, péssima em outros, e deliciosa na apresentação aberta. A gente é que não anda bem das pernas: peça frouxa, elenco obviamente cansado, stress. Nesses dias rolou uma separação chata, e eu sigo por aqui tentando não tomar partido.

Mas as vezes me entristece pensar sobre como as pessoas andam lidando com as outras. Cada vez mais parece que a gente anda perdendo o tato. Onde foi parar a gentileza, a cordialidade? Tudo se resume a grosserias, intromissões. Parece que é difícil ser agradável com os outros. É mais fácil apontar os defeitos do que tecer um elogio. Ando cansado desse veneno velado que circula pelo canto da boca das pessoas. Passei a ver maldade onde antes só via ingenuidade. Quando foi que passamos a nos importar tão pouco? Ando me sentindo deslocado; com uma batata quente presa no céu da boca, louco pra cuspir na cara de alguém. Ando querendo gritar: acorda!, ou um tapa que é pra ver se desperta. Cansado de ver cada um vivendo na sua bolha particular, uns tentando passar por cima dos outros, sem se tocar que no máximo, você bate, e bate de novo e segue batendo. É fisicamente impossível passar por cima. Quem sabe você amassa. E danificar o outro não parece algo muito problemático.

As vezes acho que o problema sou eu. Minha forma de ver as coisas, meu jeito de resolver, de diagnosticar, de concluir. Acho que eu idealizo demais, sonho demais, quero demais que as coisas todas ocorram de uma forma correta, quando obviamente não vão. Engraçado ser assim, justo eu que tenho um senso pratico e objetivo tão forte, cair nas minhas próprias armadilhas. Mas eu insisto em não esperar que o lado feio das coisas mostre sua carranca. E sei que o pior cego é o que não quer ver.

Me sinto um fio de nilon que queria ser elástico. E precisa aprender a ser pluma.

E sigo tentando não tomar partido. Eu e minha política da boa vizinhança.

sábado, 17 de outubro de 2009

I told you once...

Saimos de Pato Branco felizes com a última sessão bacanérrima, e também por sair do pior hotel que a gente já se hospedou.

Em tempo: Hotel Loriza, Pato Branco – PR. Péssimo atendimento, higienização precária, café da manhã nojento. Pronto, falei.

Agora chegamos em Londrina, e a chuva resolveu cair sem dó. Não conheço a cidade, e pelo jeito vou demorar pra conhecer. 4 dias de folga, eu tentei fugir pra um lugar distante mas não deu; fico amargando a saudade com dias de preguiça e embebendo tudo em cerveja. Arrumei uma academia bacana, descobri que aqui tem cinema 3D e quero ver “Tá Chovendo Hamburguer”. E “ai” desses hambúrgueres todos se não me fizerem rir aos borbotões.

Aqui pra compensar, o hotel é gostoso, quarto gigante e arrumação cheirosa. Mas esse aguaceiro que cai do céu tem me feito gastar quantias impensáveis em China in Box. Foco no verão porvir, depois da tempestade, vem a bonança.

Essa vidinha anda meio estranha, eu ando meio estranho. Single portions de tudo: pessoas, lugares, coisas. Não gosto de ficar olhando pela janela vendo a vida passar. OK, já aceitei que sou cidadão do mundo, mas tô precisando encontrar um canto pra aquietar um pouco o corpo e o espírito. Meu Yng e Yang andam se trombando um pouco, já me conheço bastante (mas não o suficiente).

Projetos, vontades, todas essas coisas no campo das idéias, loucos por um tempo-espaço propício.

Said it once, said it twice...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Só a bailarina que não tem...

Enquanto isso na sala de justiça:

Uma amiga volta do Paraguay com uma caneta que apaga com borracha. Sério. Minha mente perversa já imaginou 75 tipos de novos golpes que vão surgir loguinho.
.
E todos que foram ao Paraguay voltaram com um iPhone genérico bem safado, com caixa de som estéreo. Se eu pego o féladaputa que inventou celular com altofalante, eu chuto até matar.

Obama declarou que vai acabar com a lei “Don´t ask, don´t tell”, pra tentar recuperar sua imagem “gay friendly” entre a comunidade. O Chávez ficou com ciúmes. Mas realmente, não é cedo para um Nobel? De intenções, o inferno tá cheio...

Falando em “gay”, hoje morreu o Stephen Gately (quem?), do Boyzone (ah... de quem?). Tá morrendo muita gente esse ano, não sei se faço um bolão ou um seguro.

Pato Branco não tem cinema e estreou “Inglorious Basterds”. Mas o hotel tem TV a cabo com canal pornô. Hoje assisti o pornô do Popeye. Juro.

E o tempo chuvoso segue...

sábado, 10 de outubro de 2009

Teeth sinking into heart...

Mais um capitulo da novela “Nostalgia”:

Cheguei em Cascavel, cidade que morei dos 6 aos não-sei-bem-quantos anos, que acho que foi até os 15 pelas minhas contas preguiçosas. Percebi que meu desleixo de memória quanto a datas se estende também ao quesito “lugares”. Hoje, indo mais cedo ao teatro para ajudar uma amiga que machucou o pé, passamos de taxi em frente ao circulo militar, a escola que estudei e ao camelódromo. Tive a clara percepção de que não morei realmente em Cascavel, mas sim que freqüentei alguns pontos da cidade. Foram exatamente esses 3 lugares que me soaram familiares, com apenas uma visível mudança nas cores das paredes. Todo o resto era mais um lugar desconhecido. Gostaria de ter ido até a casa onde morei a maior parte desse período, mas não consegui. O grande “porém” dessa turnê é justamente ter pouco tempo disponível para se conhecer os lugares por onde passamos.

Quanto as apresentações, tivemos umas das platéias mais bacanas em um momento, e uma das mais mal educadas em outro. A certa altura da peça, cheguei a “abandonar” a minha vivência no palco, e apenas coloquei a deixa para que o próximo entrasse; e que aquilo acabasse de uma vez, já que poucos ali estavam interessados em nos assistir. Mas, de fato, a platéia paranaense tem sido a mais bizarra de todas. Pouca comoção, em uma peça que causa alvoroço por onde passa.

E o boato que vinha se espalhando se confirmou: a turnê está prolongada por mais vinte dias, para retornar aos lugares que não passamos por conta da gripe. Eu, me sentindo exausto e desmotivado, sofrendo por ter que fazer o que não quero por questões financeiras, e justamente me sentindo contrariado por, além de já ter ganhado o que estava nos planos, ter que seguir fazendo algo que não quero por mais dinheiro; eu que não sou muito capitalista, e sentindo uma necessidade imensa de sanar uma falta emocional que anda afetando meu mood.

Que palavra é essa mesmo em português? Juro que eu ainda enlouqueço...

E ainda me sentindo um tremendo de um reclamão de pança cheia. A última coisa que poderia fazer da minha vida é reclamar. Mas sigo reclamando, pois o que me falta é o que me falta e pelo jeito, pra me entender só eu mesmo.


Tô muito existencialista hoje...

Repetindo como um mantra que esse dinheiro extra só vai me deixar mais tranqüilo no verão, e que na pior das hipóteses, vai me sustentar por mais um mês, mas sem conseguir me convencer muito disso. Meu coração é de criança mimada, de burro empacado, de vidro. O que é um dinheiro que não compra a paz de estar nos braços de quem se ama?

Me resta o direito de fechar os olhos e pensar em você.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Only here for the fight...

A passagem por Toledo foi legal. Típica cidadezinha de interior, com um lago-point onde todo mundo se encontra: na grama os piá, rodando em volta as cotótas; na rua os carros com som automotivo, e nos bares os mais adultos bebendo e assistindo show sertanejo no telão. O hotel foi um dos mais bonitos que ficamos, num estilo meio medieval na fachada, e confortável por dentro. O teatro com mil lugares ficou devendo pela estrutura de luz muito fraca. Apresentamos a 5 metros da platéia, porque na região do fosso não tinha luz. O diretor veio assistir a peça de surpresa, falou pouco, e seguimos para Cascavel. Na expectativa de continuar a turnê ou não, e sem vontade de blogarbeijofui!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

There´s a beautiful mess inside...

E eis que o bom filho a casa retorna.

Bom filho?

Casa?

A passagem por Maringá não disse muito a que veio. Mal cheguei e viajei, mal voltei da viagem e adoeci. Não vi nenhum de meus amigos, nenhum de meus amigos foi assistir a peça. A família esteve em peso, todos na primeira fila, e até que foi engraçado, mas o teatro (que na verdade é um antigo cinema) era terrível, com uma acústica impraticável e muito espaço sobrando. Achei que seria um momento marcante na carreira (!?) mas foi só mais uma passagem. Pior foi a platéia, a mais caipira que eu já vi nessas viagens de meu dEUS. Além de mal educada e meio zumbi, a gente saia do teatro e as pessoas ficavam olhando, e olhando... e olhando. Não se ouviu um grito, não se viu um flash, não se distribuiu um sorriso. Eu claro, adorei.com.br, pois odeio fazer esse social, mas ficou todo mundo se perguntando o que há de errado com os maringaenses.

Cada um no seu quadrado...

Ando sofrendo de uma falta de paciência tamanha, que daqui a pouco vou trocar o português por algum dialeto canino. Gente me estressa, coisas me estressam. Acho que estou sofrendo de algum tipo de ressaca de inferno astral.

Mentira.

Acho que a causa disso tudo é carência + cansaço. Precisando de um certo carinho, um certo cheiro, um certo beijo. Precisando também me afastar de pessoas que andam me sugando minha energia... enfim, estou sendo repetitivo.

Mas é que a vida anda repetitiva. Basicamente, muda o sotaque, a qualidade do quarto, o palco. Ando fazendo a peça no piloto automático, é isso é muito feio. Minha garganta anda muito ruim, e ando suspeitando de dois elementos estranhos: a fumaça cenográfica, ou o exagero em sucos de caixinha. Preciso de uma pausa para o médico; fica pra depois...

Chegamos hoje em Apucarana, e para minha felicidade absoluta, tem uma banheira no quarto. No banheiro, claro, mas dizer que teria uma banheira no banheiro, além de feio é meio redundante. Então sei lá porque to explicando que a banheira não é no quarto e sim no banheiro, enfim...

BANHEIRA!

Pensa num ser humano que vai sair do banheiro parecendo uma uva passa albina.

Amanhã já recomeça a história montagem-apresenta-e-vai-embora, e eu rezando pra essa turnê ir embora de uma vez! Vou recarregar minhas energias na banheira! Fui!

domingo, 27 de setembro de 2009

Kobune wa iku...

A viagem para o Paraguay foi realmente algo de destrambelhado. Viajamos a madrugada inteira, muito energético e Coca Cola e musica alta e gritaria pra não deixar a peteca cair. Nascer do sol na estrada, low food, no breakfest (OK, que pedância, parei...).

Chegamos!

Posso dizer que não mudou muito por lá. A última vez deve fazer uns 10 anos, mas cheguei e já tratei de comprar tudo o que queria e mais um pouco. Mas como era o único escolado em tráfico de muambas, tive que aturar um pequeno grupo que foi ao PARAGUAY fazer COMPRAS sem DINHEIRO! Levaram o cartão UNIVERSITÁRIO!

OK, respirando.

Sei que quase sentei a mão na cara de uma certa pessoa, e decidi para o meu próprio bem que cortei relações por prazo indeterminado. Duas coisas que não suporto no ser humano: egoísmo e falsidade. Eu prezo minha energia positiva, e andava sendo sugado por um certo buraco negro vazio e triste.

Seguindo viagem, depois de horas intermináveis em bancos e alfândega, fomos direto para as Cataratas do Iguaçu. Devido as chuvas, o volume de água estava bem alto, e todo mundo ficou embasbacado com a lindeza daquele lugar. Eu mesmo não me canso, mas o passeio teve um “quê” de saudade (ou seria um “quem”?) sabendo que alguém gostaria muito de estar ali.

Na saída, decidiram por voltar a Curitiba, sob meus protestos, afinal, a Argentina estava ali do lado e já era bem tarde. Tambem disse que chegaríamos as 2 da matina, e já faziam 24 horas sem sono, e que era perigosoeomelhoreraficaredescansar... mas sempre que eu abro a boca, tenho que ouvir que: sou chato, sou ranzinza, sou estressado, sou venenoso, sou isso e aquilo... fiquei quieto. No caminho, desabafos sobre a criatura humana causadora da discórdia (e eu que sou chato, venenoso...), e mais umas cinco paradas porque os motoristas estavam com sono (e eu que sou o estressado, o ranzinza...). Chegamos 1:30h da matina, altamente moídos, e eu feliz por ter chegado.

No final, a matemática foi positiva: comprei coisinhas e presentinhos, me desfiz do que não me fazia bem, e me ocupei. A parte ruim foi que importei uma febre lá da fronteira, que de tão ruim, me derrubou mais do que a original. Passei o dia de cama, bebendo todos os liquidos da face da terra, e rezando para que amanhã esteja zero para pisar no palco.

Mas bem mesmo, só vou ficar depois que a saudade se afastar de mim.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

I´ll follow you until you love me...

Fui embora de Goiânia sem trazer muitas recordações. Fotinhas escassas, uma baladinha marrom pra descontrair e muito suor.

Iniciamos a etapa final (será?) da turnê, no Paraná. Empolgação ZERO de chegar em Maringá, terra que eu morei alguns bons e outros não tão bons anos. Vai ser legal apresentar pra um monte de gente conhecida, que me viu começando o que seria (ou ainda vai ser, ou será...) minha carreira. Mas 4 dias de folga aqui serão um martírio.

Seriam. Organizei com alguns amigos (os mais próximos) de alugar um carro e ir até o Paraguay comprar muambas. De quebra, conhecer as cataratas, que eu já vi faz tempo, mas não custa ver de novo. Não estava nos meus planos gastar dinheiro com isso, mas, um passeiozinho sem muitas pretensões consumistas não fará mal a ninguém. No máximo dos meus delírios, um iPod, mas acredito que vou optar por um genérico (apelidado por mim de iFod). Claro que somando a isso, aquelas intermináveis latas de Pringles, chicletinhos que parecem saltados direto da fábrica do Willy Wonka, e quem sabe um perfume (que eu não preciso pois acabei de comprar um, mas é meu ponto-fraco-e-G).

Delírios consumistas.

Eu nem tenho tantos assim.

No mais, ouvindo boatos de um prolongamento de turnê, pra uma terra bem far away, e eu sem o menor pique pra prolongar isso, a não ser que o cachê seja bem presunçoso.

Delírios, delírios...

Também preciso pensar que o verão está ai, que o desemprego também vem na rabeta, e eu quero curtir sem culpa.

Culpa? Eu como no café da manhã, no meio do pão, sem margarina, sem gergelim e sem tostar.

Ah tá...

Delírios...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ensaios de verão...


Acho que cansei dessa turnê. Acho. Ando sem forças pra fazer a peça com o mesmo afinco com que tenho feito até então. Acho que foi uma junção de tudo: cansaço físico, muitas sessões seguidas, muitos teatros ruins, muito stress, muita gente em cima, muito muita coisa...

Meu foco agora é terminar essa turnê com a maior economia possível. Sei lá o que vai ser depois que ela acabar, afinal, to de saco cheio mas ela me sustenta.

Enquanto isso na terra de Goiânia, finalmente sai do convento e peguei uma night com alguns amigos. Balada igual a todas as outras, música igual a todas as outras, e até os tipos parecidos com os outros. Mas ao menos, deu pra dançar até as coxas não agüentarem mais sustentar o corpo.

Agora estamos em Rio Verde, último dia antes de voltar ao Paraná. Teatro ruim, platéia mal educada, clima chuvoso. Tô azedo. Vou comer um chocolate ali e volto depois.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ratsiti ladaat lihiyot lecha...

Sumi mesmo. Tanto trabalho que, chego em casa e a última coisa que eu quero é escrever sobre o que passou. Onde é que eu estava mesmo?

Alfenas.

Passei meu aniversário lá. Pois é, foi dia 10, mas nem fiz muita questão de firula, pois o único presente que eu poderia querer, não estava disponível. Não que o dia tenha passado despercebido. Na segunda apresentação dia (pois é, passei o dia no palco) cantaram parabéns pra mim ao final da peça; platéia lotada. Foi lindo. Segui o dia sem dar muita importância ao fato de que estava fazendo 27 anos, tudo o que queria era sair e comer um açaí na tigela, mas as pessoas todas pareciam muito enroladas. Quando finalmente desisti e fui malhar na academia do hotel, dou de cara com uma festa surpresa. Me jogaram na piscina e tudo. Ganhei presentes e muito carinho.

Mas a coisa mais impressionante em Alfenas foi a platéia no último dia de peça. Juntou 3 vezes mais gente do que cabia no teatro (que já era minúsculo), muita gente ficou de fora, enquanto dentro do teatro, os fãs se empilharam na boca de palco. Sim, fãs. Cheguei a pensar que estava no High School Musical, e não numa singela peça de Curitiba. Gritaria geral, a galera rindo até das piadas mais retardadas que nunca ninguém riu, e a gente pensando que as pessoas que ainda não tinham visto, não estavam entendendo patavinas daquela bagunda dos adolescentes. Na saída, eu fiz um memo pra caso volte ano que vem ao projeto: quero seguranças. Achei que seria carregado pela turba histérica, que por sinal, era muito estranha. Algumas meninas gritavam na nossa cara, pediam uma foto (gritando) e saiam (gritando), mas sem olhar pra gente de verdade. Ficamos quase meia hora atendendo todo mundo, até chegar no hotel. Eu sonhando com paz, silêncio e descanso, desço do ônibus e alguém grita de dentro do carro, disparando um flash bem no meu olho. Paz? Menos de 10 minutos dentro do quarto, toca o telefone e a recepcionista informa que tem gente na portaria esperando a gente. E a idéia era sair pra comemorar a passagem por MG, mas minha energia tinha sido toda sugada de canudinho.

Pois bem. Goiânia.

Todo mundo sabe, mas eu comprovo: que cidade quente. Não tenho feito nada além de teatro–hotel–teatro-hotelteatrohotelteatro.... O ritmo está bem puxado, e o calor não ajuda. Ao menos, o palco comporta quase todo o cenário e a gente consegue dançar todas as coreografias. Passamos a semana fazendo 3 sessões por dia, e hoje estou me sentindo com 27 anos ao cubo. Amanhã é a sessão aberta, que promete o mesmo fervo assassino. A platéia aqui é bem atiradinha, e sinto que a história vai se repetir.

Tô com alguma urucubaca pra perder coisas. Primeiro foi o cabo pra carregar a filmadora digital (que nem é minha), e depois, a minha câmera. O cabo eu não acho em lugar nenhum pra comprar, e minha câmera, sei lá. Era velhinha, 3.2 megapixels, mas, era a que eu tinha, e agora é rezar pra essa turnê passar pelo Paraguai.

Dormindo cada dia mais cedo, pois o corpo não agüenta. Feliz por estar trabalhando, mas me perguntando por mais quantos anos desse projeto eu sou capaz de suportar. Ao mesmo tempo que tenho essa oportunidade única de viajar o Brasil quase inteiro, sinto que estou incomodado com as limitações que a peça causa. Ainda que seja deliciosa de fazer, apresentá-la 3 x por dia é praticamente uma lavagem do Bonfim diária. Mesmo sendo um musical, ele não me desafia muito profundamente. Muitas questões na cabeça.

E uma saudade difícil no coração, no corpo, na mente.

Enquanto o amanhã não chega, aproveito pra tomar um banho bem gelado e demorado, e dormir na cama limpinha. Mordomias que essa vida de casa-hotel proporciona.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Tempo...

A exatos 1 ano atrás, eu vivia numa situação parecida com a de agora: estava fazendo a mesma peça, viajando pelo Brasil desconhecido, realizado e feliz. Nessa mesma época, eu chegava em Salvador, com os olhinhos arregalados olhando pela janela, vendo aquela orla gigante e linda, sonhando com acarajés apimentados e muito sol. Nesse mesmo dia, troquei algumas mensagens pelo celular, e andei alguns metros longe do hotel para encontrar um (até então) conhecido virtual.

Debaixo do sol escaldante, de regata azul clara e bermuda creme, nem imaginava na história que estava prestes a começar. Escutei uma buzina engraçada, me virei, e vi um ser montado numa moto preta, de óculos escuros, braços de fora e um sorriso ensolarado no rosto.

A primeira coisa que pensei foi: fudeu.

Fudeu porque, se além daquilo tudo, ainda tivesse outras qualidades, fudeu mesmo.

Alguns minutos depois, lá estava eu, passando por aquelas praias lindas, aquele cheiro de mar-areia-calor, naquela moto sendo guiada por aquilo tudo. Lembro que pensei: daqui pra frente, só dá pra piorar. Eu, na Bahia, trabalhando com teatro, com o melhor cicerone que eu poderia querer.

Entre indas e vindas, histórias, meu aniversário inesquecível, eu me lembro de, na hora de ir embora, ter chorado com o sentimento de que estava deixando pra trás uma história que nem teve tempo de começar. Chorei por medo de não ter a chance de sequer tentar. Chorei pensando se eu estava ficando maluco ou coisa do tipo.

Bem, que eu voltei para Salvador mais algumas vezes, e bati nessa tecla com a mesma força e certeza com que bato nessas teclas em que escrevo, não é segredo desse blog.

É que hoje me peguei pensando nessa história, relembrando esses momentos todos, e percebi que, nesse 1 ano que passou, não houve um só dia em que eu não tenha pensado naquele homem da moto preta, de óculos escuros e braços de fora. Nesse 1 ano, não teve um só dia em que não tenha dedicado um tempo para lembrar do que passou, ou de sonhar com o que ainda poderia passar. Nesse 1 ano, não houve 1 só dia em que eu não tenha desejado ter essa pessoa, em todos os sentidos e todas as maneiras; da forma mais sincera que eu posso querer, da forma mais imprecisa que eu consigo demonstrar.

Deve ser amor.

sábado, 5 de setembro de 2009

Não leve o personagem pra cama...

Eita, eita, eita...

Tanta coisa acontecendo, que tive que ler o post anterior pra ver o que já tinha relatado, o que ainda não tinha dito...

Começando do começo pra tentar passar pelo meio, porque o fim tá longe...

Ipatinga foi muito bacana, apesar da cidade ser meio esquisita. Tudo é meio longe, meio perdido, meio não sei. O que estou encantado é com a cordialidade da maioria das pessoas. As apresentações foram muito boas, e a última, aberta ao público, foi um sucesso. Terminando a última sessão, fomos para o hotel, e eu, claro, esvairido da fome, propus uma caça ao rango (visto que, para conseguir comida naquela cidade, era necessário uma caça mesmo). Chegando na recepção, vejo 3 seres olhando engraçado. Olhar por olhar, tô acostumado aqui em Minas Gerais, pois parece que japonês é igual E.T. de Varginha: lenda. Eis que eles se apresentam; o menininho mais novo já tratando de querer saber de uma das atrizes por motivos de atração, enfim... nos convenceram a ir pra um bar, e fomos, já que a carona estava ali toda solicita.

Chegando no bar, um amigo já veio com os olhinhos brilhando dizendo que era gay friendly, e eu tem tchum pra coisa toda, porque minha saudade não permitia sequer me interessar por substitutos. Mal tive tempo de pedir meu bobó e escondidinho de camarão, que a mocinha que estava nos procurando no hotel já veio investindo pra cima de mim com todas suas 87 garras-serrilhadas-e-forquilhadas. Tratei logo de contar TU+DO=TUDO da minha vida pra tirar as esperanças da moça e que ela me deixasse comer e beber em paz; mas qual o que, a doida queria é falar e falar e falar.

Ainda voltamos com a mesma carona solicita, e já na porta do hotel, surge outro assunto: a professora que viu a peça 3 vezes, e que estava no bar também, e qual era a dela. E me contaram que a dela era moi aqui, mesmo eu já sacando faz é tempo, porque o macaco aqui é razoavelmente ancião.

Não vou mentir que o ego inflou com gás hélio e levou a moral lá pra estratosfera, mas ao mesmo tempo, essas coisas me cansam. Ainda na saida da última sessão, o produtor pediu pra sair pra bater fotos com as pessoas, e só faltaram sequestrar a gente. As pessoas nos enxergam do alto do palco como se estivesse num pedestal, e eu não me sinto muito a vontade nesse papel. Somando o fato de que, estamos ali interpretando os "modelos" de adolescentes, a coisa toma proporções as vezes assustadoras.

Enfim, deixa pra lá o momento "Guarda-costas" e seguindo com a história...

(Gente, que post longo...)

Chegamos em Alfenas, e logo nos "mudamos" pra Três Corações, cidade natal de um dos atores, para passar o dia na chácara dos avós dele. Muita comida, casa linda, piscina e afins. No dia seguinte, rumamos para São Tomé das Letras, uma cidadezinha próxima, encrustrada numa montanha rochosa linda de chorar. Visitamos uma comunidade alternativa, subimos o morro, tomamos banho de cachoeira, e de quebra, vi a morte dar uma sopradinha no meu cangote. Voltando da cachoeira, uma criatura humana veio na direção contraria muito desgovernadamente, se assutou com o nosso carro, e saiu da pista aos rodopios, parando de pancada no acostamento. Nem deu tempo de pensar na vida, foi tudo tão depressa que, se minha hora tivesse sido aquela, eu não teria nem tempo de p...

!

No final das contas, voltei sem comprar um porta-sacos sequer, pois minha época riponga passou faz é tempo, e aquilo tudo eu já vi em tudo quanto é tudo. Amanhã voltamos pra Alfenas, para finalmente conhecer a cidade que a gente chegou e esnobou.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Qual o que...

Cheguei em Ipatinga – MG, e fiquei meio perdido por aqui. Não teve nada pra se fazer no fim de semana a não ser o show do Cezar Menotti & Fabiano (ic!), coisa que atraiu toda a cidade. Inclusive estou no mesmo hotel que eles ficaram, mas nem vi a cara deles (e nem fiz menção de procurar). Nada na cidade funciona no fim de semana, só botecos, e nenhum dos mais atrativos. Um calor delicia, mas nenhum piscina. O que posso adiantar que gostei foi das pessoas. Eita povo receptivo e simpático no atendimento.

Ainda existe a lenda do pão de queijo. Por enquanto só comi o congelado. Compensei a carência no tutu delicia que tem em todos os restaurantes.

Fatos:

- Adoro essa coisa de hotel, de todo dia ter uma toalha limpa e empacotada me esperando em cima da cama. Troco mesmo, fuck environment.

- Detesto não ter cozinha. Mas comer em restaurante todo dia é legal. Só pro bolso que não. Pra isso, todo dia faço um pãozinho-com-tudo-dentro e levo mocado pro quarto. Pra quem não sabe, eu tenho uma draga que exige alimentação farta, e meu vale alimentação não dá conta.

- Tô carente. Não de amigos, de abraços, porque isso, graças, eu tenho todo o dia. Carente de Jão (prontofalei).

Enfim, hoje fizemos a reestréia do musical, depois da pausa por conta da Porca. Pra ajudar as duas semanas de absolutamente nada, já fizemos 3 apresentações seguidas. Nem preciso dizer que a primeira foi tenebrosa de ruim, sem ritmo, sem graça, sem pegada. Ainda bem que o público era bem amigável. A segunda melhorou bastante, mas a platéia parecia um freezer. E na última, todo mundo já cansado, mas foi aonde (re)encontramos a sintonia. Platéia nhé, mas daqui pra frente é só lucro. Nesse meio tempo, eu ainda registrando tudo com a câmera, para fazer um making off “profissa”, já que o produtor andou reclamando que a gente parece que só faz festa, e trabalho que é bom, necas. Pois me aguardem...

Enquanto isso, olha o making off que fiz de Patos de Minas, antes da pausa da turnê:

http://www.youtube.com/watch?v=5t4NPpxyRuE

Hoje ainda encontrei forças (de certo que veio lá de onde o sol não bate) pra ir pra sala de fitness (ui!) do hotel e malhei marromenos. Só pra descargar a consciência mesmo. Será que to podre?

Vou morrer e volto outra hora.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Wise up...

As últimas pessoas da casa se foram as pressas, com um amigo passando mal, com suspeita de gripe-suína-picada-de-aranha-gonorréia-ceborréia... enfim...

Passei a noite me cagando de medo. A casa é toda assombrada com traumas de infância; diziam que era perigosa, que rolava assaltos, blá blá blá... de alguma forma tudo isso ficou intrincado na minha cabeça, pois realmente passei um medão... cada raio de sol que abandonava a terra, a coragem abandonava minha pessoa. Rolei mil voltas, pensamento passeando por mil coisas...

Acordei as 8 da matina, terminei de botar as coisas da casa em ordem, e zarpei de volta pra Curitiba. Quer dizer, depois de 5 horas de viagem, que por causa de reformas no asfalto, demorou mais do que devia. Dormi quase a viagem inteira, e a dor de cabeça veio gostosa.

Hoje fui assistir "Brüno", esperando mais do mesmo. Pior foi que vi menos do mais. Seguindo a mesma linha do "Borat", só que de uma forma rasa e grosseira. Prefiro não comentar.

Agora é dormir, e amanhã me ocupar com a turnê que volta, dessa vez, espero que nonstop.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Saint of me...

Paz.
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A voz da discórdia da casa, habitando o corpo de uma mulher, atendendo pelo nome de MILENA, foi embora.
.
Silêncio.
.
Profundo.
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O sol até saiu hoje. Sinais dos tempos de mudança.
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Aproveitei pra dourar minha já negritude oriental. Até me animei a gastar 10 dinheiros pra poder usar a academia. Malhei o famoso "kit-balada", que consiste de peito, bicéps + tríceps, e se aguentar, ombros. Deixei os amigos shoulders pra outro dia, pois já fez quase 1 mês de boemia. Botei a cabeça a lembrar que o verão tá chegando, e então, nada de ser preguiçoso e nem sovina.
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Pois bem. Ontem, fugindo da tempestade tropical Milena, refugiamos Cley, Mait e eu em todos os botecos que encontramos aberto. Desabafos, muito veneno e muita cerveja ruim depois, fomos terminar no posto 24h, se deliciando em uma garrafa de cerveja que custava o pâncreas, mas valia todinho ele. Ando tão tolerante a bebida que, no dia seguinte, todo mundo passando mal, e eu faceiro indo pra academia.
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A boemia me serve como camiseta PP.
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Desde que cheguei, tenho bebido todo santo dia. Desconfio que gastei mais com alcool do que com comida. Agora chega. Acho.
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Amanhã retornamos pra Curitiba; eu pretendo tirar metade da mala pra fora, e carregar bem menos coisas. Não vejo a hora de voltar a trabalhar. Hotel. Cidades novas. Aniversário.
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Até que tô passando bem pelo meu inferno astral. Acho. Não acredito nisso, mas cada vez que dou uma resposta meio atravessada, ouço que a culpa é dele.
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Então, deve ser mesmo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Hado!

"Hello..."

Perdi a noção dos dias. Tirei o relógio da parede; celular está no canto dele, caso toque (coisa que ele não fez); cheguei agora na lan house e descobri que é sexta feira.

OK.

Estou indo dormir na hora em que bate o sono, fazendo comida na hora que bate a fome. Se fizer sol, vou pra praia, se fizer chuva, jogo UNO.

Chegaram Maithê e Milena, e casa antes silenciosa se enxeu de notas agudas. Parece que minha prima chega hoje.

(Tem uma maldita tecla "Fn" no exato lugar onde deveria ter o backspace, e isso anda atrapalhando meu digitar e minha paciência...)

Os dias aqui estão numa preguiça assustadora. Só hoje fui perturbado pelo fato de que a grana começa a deixar saudade e um rombo na conta bancária.

Meus ideais de vida tranquila-e-paz-e-harmonia, ligados por um forte sentimento de amizade também parece que foram abalados. Infelizmente, parece as pessoas estão/são diferentes.

(Quando foi que eu me esqueci disso mesmo?)

Mas deixo esse assunto para trás porque esse blog não é exatamente um espaço pra fofocas e para tratar da vida alheia.

Esse blog é meu, e é umbiguista mesmo.

A praia da minha infância não é mais a mesma. Já não dá mais pra caminhar pela areia a noite, com dinheiro na carteira. Onde foram parar os puliça mesmo?

Estou no meio da leitura de "My Undoing", auto biografia de Aiden Shaw, ator pornô, garoto de programa, escritor, poeta, diretor, cantor, usuário de drogas, HIV+ e uma vida mais comum do que a gente imagina (com direito a todas suas nuances). Fazia anos que não lia um diário; sempre li muitos.

Escrevi alguns também.

Parece que andam confundindo "ida à praia fora de temporada" com "glamour de inverno". O vinho que a gente toma custa R$ 4 reais e a janta geralmente é uma variação de macarrão com-tudo-dentro.

Ainda sigo ator-de-teatro, e não Holliwood Star(vaganza).

Ainda...

Desculpem os amigos blogueiros; sei que ando sumido. Mas é que realmente tenho dedicado essa horinha de internet para apenas 2 coisas: matar a saudade, e tentar escrever algumas linhas. Recupero a leitura mais tarde, sem falta.

"... good morning, how U R doing my love?"

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A pet cemetary...

Como eu sou um ossinho muito do durinho de roer, me recusei a ficar em Curitiba. Anunciei em alto e bom som: estou indo pra casa de praia da minha avó, e os bons que me sigam.

Me seguiram Cley e Lu; da peça. Cley comentou que era programa de índio sair com as pessoas que a a gente vai conviver durante 3 meses. Bem... não deixa de ser mas, a gente joga com o time disponivel, não é?

Não sei se foi exatamente a coisa mais sensata a fazer mas, 1: eu não fico em Curitiba nem por decreto lei e, 2: eu não fico disponivel pra ensaiar nem por... er... decreto!

Surgiu boatos de que teriamos que ensaiar durante esses 15 dias de hiato, e eu logo avisei que, 1: estava homeless... e só! Ponto!

Chegamos na casa, e estava parecendo a mansão da familia Adams: um abandono, uma camada de pó cobrindo tudo, e um fedor de pamonha azeda quase insuportável. A diferença é que tem um matagal crescendo por todos os lados; uma espécie de vida-parasita-da-vida-parasita...

Eita...

Enfim, botei o povo pra faxinar a casa, e ficaram achando que era golpe; assim que terminasse a limpeza, inventaria uma desculpa pra mandar todo mundo embora.

I don´t do the type!

Amanhã chega a Milena (da peça), e quarta a Maithê e Marisa (da peça). Acho que contaminei as pessoas com minha visão de que Curitiba é o bicho papão.

O clima aqui está gostoso, apesar de chover. Quero descaso. Meu único caso está bem guardado no peito, e dali ele não sai!

Que bom que o novo layout foi aprovado! Ele combina mais com meu atual estado de espírito.

Beijos e boa semana!

sábado, 15 de agosto de 2009

Não se atrase na volta...

Desgraça de uma gripe dos infernos do cão da zorba roxa!

A turnê foi adiada por quinze dias por conta da Porca Maldita, e estamos voltando hoje pra Curitiba...

Ódio!

Dos males, o menor. Poderia ter sido cancelada. Mas a idéia de retornar a Curitiba não me agrada nem um pouco...

(Vou fazer as malas...)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Where is the duck?

Patos de Minas, 12 de agosto de 2009


Pois bem, estou agora em Patos de Minas, uma cidadezinha de 168.961 habitantes, que ainda nem conheci direito. Só deu pra sair e achar uma academia para tentar manter a forma enquanto houver energia. Saimos meia noite de Brasilia, e a empolgação em assistir um filme na viagem se dissipou em menos de 5 minutos. Nem mesmos os gritos de terror foram capazes de me acordar.

Mas, acordei como se não tivesse dormido.

Como andei meio perdido ainda por esses dias, acho que deixei a empolgação com o blog embalada num saco plástico dentro da mala.

Brasília realmente é uma cidade estranha. Certa noite fomos jantar no Outback em um shopping, e foi uma viagem tremenda só pra chegar. Seguindo para o teatro, passamos no meio de uma passeata do MST e me senti mal com aquelas pessoas todas olhando curiosas para dentro do nosso ônibus de 2 andares; eu lá dentro, com ar condicionado e tomando suco de caixinha. Tudo muito caro, mesmo nas comidas de boteco.

Por conta da gripe suína, diversos pais proibiram as escolas de levarem seus filhos-alunos ao teatro , e chegamos a apresentar a peça para um grupo de 15 pessoas. O engraçado é que só a ida ao teatro é vista como perigosa, pois as aulas continuam, e tenho certeza que os passeios ao shopping também.

Mas deixa de veneno, que ao menos, na última sessão, que foi beneficente, até que teve um público bacana e participativo. As pessoas são bem simpáticas por lá, só um pouco desconfiadas no começo.

As apresentações foram bem engraçadas. Já na chegada do teatro, eu pisei na coxia e me estabaquei no chão, trazendo a cortina comigo. Em cena, um dos atores, no auge da empolgação, tomou uma estilingada do próprio suspensório durante uma coreografia. Eu ando rindo em cena como se estivesse em casa. Tenho sorrido como sorrio durante o dia, e isso é bom. A peça está com seus problemas, mas não é um problema fazê-la.
Entrei no que chamam de "inferno astral" e whatever that makes. Nunca fui muito ligado com datas, aniversário, idade e essas coisas de calendário. Idade pra mim sempre foi mais mental do que matemático. Mas confesso que, esse ano, ando espeando um certo presente...


Bem, mas chega de falar em passado, vou sair pra conhecer um cantinho de Minas, e volto com outras histórias pra contar.

domingo, 9 de agosto de 2009

... improviso mundos molhados...

Cheguei na minha terra natal!

Brasília é uma terra um bocado feia...

Quer dizer, até fui bem recebido pelas pessoas simpáticas e o calor, mas...

Bem, não posso derramar um texto sobre nostalgia, porque eu realmente não tenho nenhuma ligação com essa cidade. Me mudaram daqui quando tinha 4 anos e pouco, e nunca mais voltei.

O que teve história pra contar foi a viagem de 23h até chegar. Começou com alegrias, continuou com festa e terminou com bate boca e gritos histéricos.

Mas nem quero me ater a essas pequenas caquinhas...

O fato é que, pra compensar a longa jornada, encontramos um parque aquático associado ao hotel, e já me joguei emocionado sob o sol, e escorreguei pelos toboàguas todos feito criança. Quer dizer, quase todos. Tem um ali numa inclinação de 80 graus que nem sobre ameaça de morte eu desço.

Enfim, amanhã fazemos a primeira apresentação, num teatro de proporções modestas, mas o que me preocupa mesmo, nesse momento, é a janta. Nessa cidade tudo é longe, e os preços nem um pouco convidativos...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Under the bridge downtown...

Da novela mudança: mudei.

Oficialmente sou um homeless; menino-garoto-rapaz-meio-homem-meio-criança do mundo.

“Vou mostrando como sou / E vou sendo como posso / Jogando meu corpo no mundo / Andando por todos os cantos / E pela lei natural dos encontros / Eu deixo e recebo um tanto...”

Morando na casa com 4 amigos da peça, praticamente estamos fazendo um esquenta pra turnê, já que vamos passar 3 meses juntos.

Aquela sensação estranha que eu estava sentindo com relação a me livrar de todas as coisas, passou feito esse vento gelado entrando pela janela. Ainda estou considerando me livrar de mais algumas roupas antigas, em prol de, durante a viagem, ir mudando um pouquinho o visual. Percebi que aquele sentimento era só o costume, como se aquilo fosse meu de uma forma mais importante do que realmente era. São bens, mas pouco dizem sobre quem sou.

Ao menos eu penso que uma geladeira não diz muito a meu respeito...

Mas vou pensar sobre isso com mais calma depois.

O fato é que estou me sentindo leve. Literalmente estou mesmo, afinal o que eu abandonei de tralha, não tá escrito. Mas me livrar de tudo aquilo foi o primeiro passo pra sair de Curitiba; já faz muito tempo que estou insatisfeito aqui. Nunca pelas pessoas, pelos lugares, pelos mares... mas pelos ARES! Chega de frio nessa vida-pelos-próximos-anos...

(Ano que vem eu vou morar no CANADÁ e tomo no @#$%¨...)

Pois bem, sem mais novidades, pois de novidades minha vida ta cheia e eu vou é esnobar...

´Té parece...

Vou é dormir porque essa semana são só festas e despedidas, e pra isso também existe toda uma preparação corporal.

Mua!

sábado, 1 de agosto de 2009

Cinzas...

Em meio a arrumação, empacotamento e doação de coisas, tive que me livrar de muitos papéis perdidos aqui e acolá. Eis um deles, que foi pro lixo; fica na memória:






"Quanto tempo demora pra você se acostumar
com os meus silêncios, meu idealismo, minha insegurança?
.
Porque, pra mim, basta o acolho de quando você me puxa para o seu peito.
Porque o meu silêncio está preenchido com o seu cheiro.
Porque meu idealismo está próximo de mais.
Porque minha insegurança é não saber.
.
Eu, que sou nostálgico e vivo em sordidez
Você vem me tirar do meu território de cinzas de vulcão.
Eu, que tenho fome e te aprecio em camadas lentas.
.
Desde sempre amei o teu corpo
E quero fazer dele suor de verão."
.
.
.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Participo sendo o mistério do planeta...

O frio dessa cidade anda ridiculamente desconfortável.

Acordei quase meio dia, com o celular tocando (de novo); eu já prevendo que meu pai tinha chegado e eu não tinha colocado nada em ordem.

Uma dor de cabeça irritante, numa mistura de ressaca com gripe.

Saltei pra fora da cama e desatei a, literalmente, amontoar tudo o que iria embora num canto. Em 4 viagens, estava tudo socado no carro, e eu com a certeza de que alguma coisa ficou para trás.

Sentamos numa lanchonete qualquer para um lanche qualquer; meu pai, cuidadosamente atencioso, mas a mesa quase sempre em silêncio, como sempre.

Nos despedimos, e tomei um remédio pra gripe mais forte, prescrito por meu pai, e tinha a intenção de dormir um bocado.

Obviamente, dormir tem sido algo meio deslocado no meu dia a dia.

Lembrei que tinha uma montanha de roupas pra buscar na lavanderia, e me apavorei ao perceber que a minha mala não seria grande o bastante.

Andei praticando o desapego de uma forma bastante agressiva esses dias. Me desfiz primeiro dos enfeites e bibelôs perdidos pela casa, em seguida das roupas. Hoje me deixaram sozinho a TV, o som, o DVD player e meu saco de pancadas (+ as coisinhas adjacentes como os livros, CD´s, DVD, louças, talheres, panelas...);

Considerando a hipótese de viajar com uma mala a mais.

Estava sentindo algo estranho com relação a isso tudo que está acontecendo nesse-momento-agora. Não consegui definir um polo, como alegria, ou tristeza, e muito me preocupa esse estado de torpor enfadonho; não gosto disso. Preferia estar empolgadíssimo ou em profunda depressão. Acabei por chorar um pouco, pra ver se botava isso pra fora. Ator que se preze, não perde uma cena, nem que seja entre quatro paredes. Memória emotiva para perdas materiais.

Arrumei um filme pra assistir e sai correndo de casa. Mesmo. Com a roupa que estava (e que, basicamente, era a mesma de ontem, já que dormi sem nem ao menos cogitar qualquer ação para retirá-las) só botei um casaco por cima e o primeiro tênis que achei o par em meio ao caos, e um boné pra esconder as serpentes da Medusa.

O frio dessa cidade anda ridiculamente desconfortável.

Vendo meu reflexo na vitrine, me senti um pintor de paredes. Taquei o foda-se.

Cheguei correndo na bilheteria, e me lembrei que havia prometido a mim mesmo que não voltaria mais naquele cinema pelo mesmo motivo de hoje: que mocinha mais mal criadinha na bilheteriazinha. Fez cara feia quando estendi uma nota de 100 reais para pagar o bilhete, insistiu se não tinha trocado, e quando ofereci o cartão como forma de pagamento, não me ouviu. Achei que não tinha ouvido. Repeti a afirmação, e ela continuou como se nada tivesse acontecido. Olhou pra nota dos dois lados, usou aquelas canetinhas pra conferir a marca d´agua, e entregou o bilhete para a pessoa que estava na frente da sua bilheteria.

Entrei azedo pra sessão, e a sala vazia. Pedi a papai do céu pra não me deixar sozinho ali, e ele me atendeu.

Chegaram 3 casais.

Perguntei a papai do céu se o humor dele sempre foi assim tão sutil.

Com 1 hora de filme, comecei a sentir uma saudade terrível.

Mas, falando do filme, “Sinédoque, Nova York”, eu na verdade prefiro não falar. Pirou meu cabeção de tantas formas que...

No caminho de volta, constatei o que fui desconfiando no trajeto contrário: meu visual trabalhador-braçal, por alguma razão, estava fazendo sucesso. Será que eu devo abandonar essa vida de glamour e assumir meu lado baixa renda?

Lembrei que minha casa já não é mais funcional, e me enfiei numa lanchonete que encontrei aberta. A porta foi fechada bem atrás de mim, e só um casalzinho terminava a sua refeição noturna.

Saudades. Queria você pra poder discutir o filme, e pra me acompanhar no assassinato da fome.

As mocinhas do lugar estavam todas agitadas. Uma gostou de mim; a outra não gostou do meu pedido, um pouco complicado de mais pro horário. Elas ou não sabem, ou se esqueceram de que pelo reflexo do vidro dá pra ver tudo o que acontece nas nossas costas.

Sai em passos largos, pois a chuva ameaçou voltar.

O frio dessa cidade anda ridiculamente desconfortável.

Na esquina, um rapaz se protegia de baixo de uma marquise, e ao me ver, soltou um sonoro: BUCETA. Tive o ímpeto de responder: “desculpe, não tenho.”, mas o cérebro estava muito ocupado processando todo aquele latrocínio alimentício, e não enviou a mensagem para a fala.

Entrei em casa e percebi como codifiquei minhas ações nesses 3 anos morando sozinho. A porta abriu mais do que devia, pois o teclado já não está mais atrás dela. Tive um impulso de ligar a TV, coisa que sempre faço pra matar o silêncio de quando chego. Abri a geladeira, me esquecendo que ela estava vazia.

Vim pra cá correndo pra ver se você estava.

Vou correndo ver amigos. Sinédoque, vazio.

terça-feira, 28 de julho de 2009

O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu...

As 8 da manhã, acordei com o celular despertando. Esqueci de por um toque suave, e acordei com uma batida infernal que por pouco não arrebentou meus tímpanos.

Desliguei.

As 9 da manhã, acordei com o mesmo celular, e a mesma música infernal.

Desliguei.

As 11 da manhã, acordei mais uma vez com o celular, mas a música denunciava outra coisa: era algum familiar me procurando.

Com a voz embargada (de sono, de gripe, sei lá...), atendi meu pai, e combinei com ele uma visita na quinta feira, para ele buscar todas as coisas das quais não quero deixar pra trás.

Rolei para fora do colchão, ainda com resquícios do calafrio que me perseguiu noite adentro. No espelho, além dos fiapos de barba que deveriam ter sido aparados à 2 dias, pedaços de pele se soltando nas regiões secas do meu rosto, causado pelo aquecimento facial noturno típico daqueles que mesclam picos de frio e calor quando se tem febre.

MEMO: essa cabeleira desgovernada não pode continuar habitando o topo da minha cabeça.

Preparei um desjejum bem cara de pau, enquanto lia as noticias matinais.

Mundo bizarro.

Respirei fundo, e mirei uma caixa de papelão onde, um dia, tirei meu fogão de dentro. Alí no cantinho, sob a arara de roupas, e coberta com uma manta com temas orientais, já tinha me esquecido dela. Arrastei-a para o meio do quarto, e abri sua tampa lateral rapidamente; quase instantaneamente, pulei para trás, sabendo o que poderia viver ali.

Traças, aranhas, bicho-papão e memórias-não-tão-antigas.

Tênis velhos, material de faculdade, figurinos.

Tratado de Antropologia Teatral. Elementos da dança. Tartufo.

Nunca fui Romeu; já fui Jasão.

Malandro semi-oriental é integrante da Yakusa?

Abri uma caixa ou um worm hole?

Juntei uma montanha de coisas para jogar fora, e um montinho de coisas para se guardar por mais alguns anos, e daqui a alguns anos, jogar fora.

Guardei Eugenio Barba, mas Eurípides será sumariamente reciclado.

Quanta folha rabiscada com sentimentos quase infantis. Eu já fui aquilo um dia; um sentimento visceral nas últimas folhas do caderno. Era um aluno sabe lá deux de onde. Matéria mesmo, só a matéria-celulose. Sentimentos, sentimentos, sentimentos. Como foi que eu me formei mesmo?

Quase tudo vai fora; quase nada me segura por mais de uma breve passada de olhos. Já fui.

Vendo toda essa zona que criei, por um instante não sei muito bem o que fazer.

Cansei de toda essa prosa. Daqui pra frente, quero poesia.

sábado, 25 de julho de 2009

I thought I heard an angel cry...

Hoje já dá pra começar a contagem regressiva:

Faltam 10 dias para começar a turnê!

O que eu fiz com relação a isso até agora:

Desmontei a cama e comprei uma mala gigante e vermelha.

Tenho 10 dias pra desocupar o apartamento e pintar.

...

Olhando para a minha mala, estacionada na frente do colchão no chão, percebi que ela tem uma plaquinha pregada na frente que diz: Wet Blue.

E na TV, a propaganda do Pink And Blue que a pessoa corre pra saída de emergência que diz PUSH, e ela arranca a maçaneta num puxão.

Sincronicidade dos fatos, diria Sartre.

Papo existencialista não, né?

Meu amigo Bruno passou por aqui feito foguete. Já foi embora hoje, por razões que só o coração (dele) podem explicar. 3 dias bebendo (muito) e rindo (muito). Bruno e eu temos um tipo de amizade imutável. Tenho a impressão de que os anos vão continuar passando, cada um vai continuar seguindo seu rumo, mas quando a gente se encontrar, as coisas simplesmente não terão mudado. Iremos contar nossas histórias, por onde estivemos e o que fizemos, mas as piadas serão as mesmas; os mesmos anseios, os mesmos medos...

O frio aqui segue impiedoso, a chuva começou a cair. Olhando pelo apartamento e tentando decidir por onde começo a guardar ou abandonar coisas. Acho que peguei uma gripe, espero que não seja a suína. Estou em dias que preciso de toda minha saúde, então, fim de semana pianíssimo, e que a força esteja comigo.

Não ando freqüentando a igreja de Star Wars.

Eu nem gosto de Star Wars...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

If I´m wrong, I´m right...

Blog? Você ainda lembra de mim? Sou eu, o Nando.

SOU EU QUEM MANDA AQUI, SEU MERDINHA!

Hihihi...

Passei uns dias tão corridos por aqui, que mal tive tempo de escrever umas palavrinhas; em parte é mentira, pois escrevi uma análise sobre Harry Potter de umas 7 páginas, porque precisava falar com alguém sobre o filme e não tinha quem, mas ficou meio sem sentido postar aquilo...

Enfim, águas passadas não movem o moinho.

Essa semana voltaram todos os ensaios possíveis: teatro, música e coreografia. Juntando com as aulas de canto, de circo e academia, eu acordava as 8 da manhã e só voltava as 23h. Resultado dessa lavagem do Bonfim: encravou uma unha no meu pé, ontem não dormi de tanta dor, e hoje estou com o tornozelo doendo por ficar pisando errado. Amanhã acordarei com uma dor na lombar, no dia seguinte, passará pela coluna, seguindo pelo pescoço...

Credo...

Com a turnê se aproximando, tensões aumentando em proporção. Nos compraram uns microfones de Ana Maria Braga que custam 4 mil reais, e tenho tanto medo de quebrar aquilo que boto na cabeça e nem encosto mais. A professora de canto começou essa semana a trabalhar em cima das músicas, e ao ouvir que minha maior dificuldade era um maldito solo que chegava em Fá sustenido, ela arregalou os olhos, incrédula, dizendo que “óbvio que eu não iria alcançar aquela nota”. Como se eu já não soubesse. Seguiram aqueles longos discursos de como as pessoas são negligentes, e que é um absurdo o ti ti ti do ta ta ta do te te te..... nhá!

Também nos mandaram cuidar da gripe suína. Como se faz isso mesmo? Dizendo para os fãs: “desculpem, mas não abraço, nem beijo e nem aperto sua mão. Se quiser, os autógrafos se encontram no site, é só imprimir”?

A casa já está praticamente toda vendida, só falta entregar. A pior parte vai ser pintar tudo, já que, fazendo isso, eu recebo um pequeno reembolso; eu adoro reembolsos.

Desde ontem recebo a visita de Bruno, um amigo de coração dos meus tempos de maringaense, mas essa cidade dos infernos parece que espera minhas visitas chegarem para resolver chover. Não que isso vá impedir alguma coisa, mas atrapalha. Em cinco anos que moro aqui, é a primeira vez que ele vem; como diria Jão, aos 10 do segundo tempo.

Então, sigo na correria por aqui, contando os dias para diversos dias que estão por vir, e vivendo um dia após o outro.

Oi, meu nome é Fernando, e à 9 dias eu não blogo.

...

Fuck!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Eu vou navegar, nas ondas do mar eu vou navegar...

Hoje fui até a imobiliária e avisei que iria entregar o apartamento. Era pra ter feito isso semana passada, mas com toda a correria que se deu início, eu aproveitei tudo o que estava acontecendo pra procrastinar essa mudança. Então, quando tudo se estabeleceu, percebi que não dava mais: é hora de mudar de novo.

Estava todo tranqüilo e até excitado com a idéia de, 1: sair de Curitiba e, 2: ter um mundo pela frente. Mas hoje, quando resolvi toda a burocracia do processo, sai pela rua e a cabeça fervilhou.

Faltam 20 dias pra começar a turnê, hip-hip...uha!, e depois, tchau-e-benção; nos esquecem até que decidam nos contratar de novo (ou não).

Justamente eu que demoro tanto pra criar laços, não consigo fixar residência num canto qualquer. Não que isso seja ruim, acho até que estou quase acostumado com a idéia; mas fico pensando em todos os amigos que conquistei aqui e que perderei contato. Sei que sempre teremos carinho uns pelos outros, mas a distância certamente vai afetar isso. Fiquei pensando que nenhum deles usa a internet de forma significativa e nem eu sou muito ávido por isso.

Ando pesquisando lugares para ir, mas sem muito afinco. Quero conhecer o mundo inteiro, mas não sei nem por onde começar. Atualmente pensando fixamente em Australia, mas sem saber muito bem o que fazer lá a não ser me embasbacar com a natureza exuberante.

O coração anda tão feliz e tranqüilo. Mesmo sem saber onde vou parar e no quê isso vai dar, ao menos ele tem um cantinho em que se acalenta.

Mas sigo sacolejando a poeira porque eu gosto é do cheiro do novo! Vou colocar uma música animada aqui, tomar um shot de cravinho e que venham esses dias incertos.

Eu sempre fui 10 em improvisação, e não me graduei a toa.

;)

PS de plantão: se no post anterior eu comemorava 4 coments (hehehe...), com esse eu comemoro CEM posts! Vida longa pro meu bloguinho!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

In rainbows...

Com licença, vou me achar um pouco e já volto....

...

Eu tenho QUATRO comentários no meu post anterior! Isso é um record! Tô tão emocionado. Eu gostaria de agradecer a minha família pelo apoio, aos meus amigos que nunca deixaram de acreditar em mim...

Tá, já chega.

...

Não chega! Tem mais pontinhos vermelhos no meu Visitor Locations ali em baixo ó! Não sei quem são.

Oláaaaaaaaa... deixe um comentárioooooo...

Leave a message after BEEP.

...

Tá bom, agora chega mesmo.

Mudança de assunto.

Essa semana comecei a fazer aulas de Circo. Nesse exato momento sinto uma dor tão grande na parte posterior da coxa, que nem vou tentar explicar.

As aulas de canto seguem a todo vapor, mas me pergunto pra que contratarar uma professora de canto lírico para uma musical que é todo canto popular...

Cavalo dado não se olha os dentes!

Hoje, na ida para o ensaio, paramos em uma padaria e aconteceu uma cena bizarra. Passou uma moça por mim, e eu tinha certeza que a conhecia, mas não sabia de onde, então a deixei passar. Mas quando ela me viu, fez uma festa tão grande:

- Meu Deus, Fernando, quanto tempo!

E me abraçou bem apertado, e prosseguiu:

- E ai, como vai a vida? Se formou?

- Éeee... formei...

- E tá trabalhando?

(Ó o Visitor Locations aqui ---------> Oi, você! Tu mesmo!)

- Sim... estou... fazendo um musical... começo a viajar em agosto... to indo pro ensaio agora...

- Aonde, no centro? Quer carona?

- Ah, não... é aqui... perto... não precisa...

- Nossa, que bom, parabéns viu? Sabe que torço muito por você!

- Ah... obrigado... mesmo... vou indo pro ensaio. Tchau!

E até agora eu não sei de onde a conheço! Bizarro.com.br...

Ô gente, acho que tô ficando caduco, de verdade. Ou meio dislexo... ando trocando palavras, esquecendo das pessoas humanas...

Sindrome de Dóri. “Oi, quem é você, minha consciência?”

O que eu tava falando mesmo?

De quem é esse blog?

O que é blog?

...

BEEP!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Está nascendo um novo líder...

Frio que não dá trégua. Entre dias de sol e dias chuvosos, a temperatura não quer nem saber de amenizar.

Essa semana começo a fazer aulas de canto, bancadas pela produção do musical. Finalmente tomaram alguma atitude (bem tardia, mas OK) com relação ao nosso trabalho. Eram só cobranças atrás de cobranças, mas nenhum apoio ou incentivo. A 1 mês para o início das viagens, não sei se servirá para muito; mas o que vier é lucro.
.
Cavalo dado não se olha os dentes, certo?

Fim de semana movimentado, fui na casa da galera do elenco comer panquecas, e acabei dormindo por lá, pois ficou tarde. Eles tem uma gata que é mestra do Garfield: dorme, dorme, dorme, e quando levanta é pra cagar-e-comer. Pois quando resolvi deitar para dormir, lá pelas 4 e tantas da madruga, a vadia resolveu conversar com os espíritos. E com o meu ouvido. Perdi as contas de quantas vezes acordei com aquela biscate esboçando um dialeto sinistro pela casa, e só não me levantei para arremessar ela pela janela feito freesbee porque... porque...

Para a Sociedade Protetora dos Animais: eu adoro animais e não pratico maldades com eles tá? Só estou expondo o que me passou pela cabeça.

E eu não gosto muito de gatos; sou do grupo dos cachorros. Quando era pequeno, quase fiquei cego por causa de uma felina que me arranhou o olho. Tudo bem, eu fui enxerido e enfiei a carona nipônica bem onde ela estava cuidando da ninhada; mas era pura curiosidade infantil, ela não precisava ter revidado com violência. Essa gata dos meus amigos é tão dengosa que acaba conquistando a gente, só que o charme só dura até o momento em que a gente resolve dormir...

Enfim.

Acordei, ou melhor, acordamos na hora do almoço, e fomos até Santa Felicidade, para a Festa do Frango, Polenta e Vinho. Festa família, músicas típicas e comida boa. Chato, mas deu pra comer e rir com os amiguinhos se embebedando com o vinho barato que parecia garapa. Típico programa de domingo.

Estou morrendo de sono.

...

Morri.