segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Qual o que...

Cheguei em Ipatinga – MG, e fiquei meio perdido por aqui. Não teve nada pra se fazer no fim de semana a não ser o show do Cezar Menotti & Fabiano (ic!), coisa que atraiu toda a cidade. Inclusive estou no mesmo hotel que eles ficaram, mas nem vi a cara deles (e nem fiz menção de procurar). Nada na cidade funciona no fim de semana, só botecos, e nenhum dos mais atrativos. Um calor delicia, mas nenhum piscina. O que posso adiantar que gostei foi das pessoas. Eita povo receptivo e simpático no atendimento.

Ainda existe a lenda do pão de queijo. Por enquanto só comi o congelado. Compensei a carência no tutu delicia que tem em todos os restaurantes.

Fatos:

- Adoro essa coisa de hotel, de todo dia ter uma toalha limpa e empacotada me esperando em cima da cama. Troco mesmo, fuck environment.

- Detesto não ter cozinha. Mas comer em restaurante todo dia é legal. Só pro bolso que não. Pra isso, todo dia faço um pãozinho-com-tudo-dentro e levo mocado pro quarto. Pra quem não sabe, eu tenho uma draga que exige alimentação farta, e meu vale alimentação não dá conta.

- Tô carente. Não de amigos, de abraços, porque isso, graças, eu tenho todo o dia. Carente de Jão (prontofalei).

Enfim, hoje fizemos a reestréia do musical, depois da pausa por conta da Porca. Pra ajudar as duas semanas de absolutamente nada, já fizemos 3 apresentações seguidas. Nem preciso dizer que a primeira foi tenebrosa de ruim, sem ritmo, sem graça, sem pegada. Ainda bem que o público era bem amigável. A segunda melhorou bastante, mas a platéia parecia um freezer. E na última, todo mundo já cansado, mas foi aonde (re)encontramos a sintonia. Platéia nhé, mas daqui pra frente é só lucro. Nesse meio tempo, eu ainda registrando tudo com a câmera, para fazer um making off “profissa”, já que o produtor andou reclamando que a gente parece que só faz festa, e trabalho que é bom, necas. Pois me aguardem...

Enquanto isso, olha o making off que fiz de Patos de Minas, antes da pausa da turnê:

http://www.youtube.com/watch?v=5t4NPpxyRuE

Hoje ainda encontrei forças (de certo que veio lá de onde o sol não bate) pra ir pra sala de fitness (ui!) do hotel e malhei marromenos. Só pra descargar a consciência mesmo. Será que to podre?

Vou morrer e volto outra hora.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Wise up...

As últimas pessoas da casa se foram as pressas, com um amigo passando mal, com suspeita de gripe-suína-picada-de-aranha-gonorréia-ceborréia... enfim...

Passei a noite me cagando de medo. A casa é toda assombrada com traumas de infância; diziam que era perigosa, que rolava assaltos, blá blá blá... de alguma forma tudo isso ficou intrincado na minha cabeça, pois realmente passei um medão... cada raio de sol que abandonava a terra, a coragem abandonava minha pessoa. Rolei mil voltas, pensamento passeando por mil coisas...

Acordei as 8 da matina, terminei de botar as coisas da casa em ordem, e zarpei de volta pra Curitiba. Quer dizer, depois de 5 horas de viagem, que por causa de reformas no asfalto, demorou mais do que devia. Dormi quase a viagem inteira, e a dor de cabeça veio gostosa.

Hoje fui assistir "Brüno", esperando mais do mesmo. Pior foi que vi menos do mais. Seguindo a mesma linha do "Borat", só que de uma forma rasa e grosseira. Prefiro não comentar.

Agora é dormir, e amanhã me ocupar com a turnê que volta, dessa vez, espero que nonstop.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Saint of me...

Paz.
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A voz da discórdia da casa, habitando o corpo de uma mulher, atendendo pelo nome de MILENA, foi embora.
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Silêncio.
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Profundo.
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O sol até saiu hoje. Sinais dos tempos de mudança.
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Aproveitei pra dourar minha já negritude oriental. Até me animei a gastar 10 dinheiros pra poder usar a academia. Malhei o famoso "kit-balada", que consiste de peito, bicéps + tríceps, e se aguentar, ombros. Deixei os amigos shoulders pra outro dia, pois já fez quase 1 mês de boemia. Botei a cabeça a lembrar que o verão tá chegando, e então, nada de ser preguiçoso e nem sovina.
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Pois bem. Ontem, fugindo da tempestade tropical Milena, refugiamos Cley, Mait e eu em todos os botecos que encontramos aberto. Desabafos, muito veneno e muita cerveja ruim depois, fomos terminar no posto 24h, se deliciando em uma garrafa de cerveja que custava o pâncreas, mas valia todinho ele. Ando tão tolerante a bebida que, no dia seguinte, todo mundo passando mal, e eu faceiro indo pra academia.
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A boemia me serve como camiseta PP.
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Desde que cheguei, tenho bebido todo santo dia. Desconfio que gastei mais com alcool do que com comida. Agora chega. Acho.
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Amanhã retornamos pra Curitiba; eu pretendo tirar metade da mala pra fora, e carregar bem menos coisas. Não vejo a hora de voltar a trabalhar. Hotel. Cidades novas. Aniversário.
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Até que tô passando bem pelo meu inferno astral. Acho. Não acredito nisso, mas cada vez que dou uma resposta meio atravessada, ouço que a culpa é dele.
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Então, deve ser mesmo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Hado!

"Hello..."

Perdi a noção dos dias. Tirei o relógio da parede; celular está no canto dele, caso toque (coisa que ele não fez); cheguei agora na lan house e descobri que é sexta feira.

OK.

Estou indo dormir na hora em que bate o sono, fazendo comida na hora que bate a fome. Se fizer sol, vou pra praia, se fizer chuva, jogo UNO.

Chegaram Maithê e Milena, e casa antes silenciosa se enxeu de notas agudas. Parece que minha prima chega hoje.

(Tem uma maldita tecla "Fn" no exato lugar onde deveria ter o backspace, e isso anda atrapalhando meu digitar e minha paciência...)

Os dias aqui estão numa preguiça assustadora. Só hoje fui perturbado pelo fato de que a grana começa a deixar saudade e um rombo na conta bancária.

Meus ideais de vida tranquila-e-paz-e-harmonia, ligados por um forte sentimento de amizade também parece que foram abalados. Infelizmente, parece as pessoas estão/são diferentes.

(Quando foi que eu me esqueci disso mesmo?)

Mas deixo esse assunto para trás porque esse blog não é exatamente um espaço pra fofocas e para tratar da vida alheia.

Esse blog é meu, e é umbiguista mesmo.

A praia da minha infância não é mais a mesma. Já não dá mais pra caminhar pela areia a noite, com dinheiro na carteira. Onde foram parar os puliça mesmo?

Estou no meio da leitura de "My Undoing", auto biografia de Aiden Shaw, ator pornô, garoto de programa, escritor, poeta, diretor, cantor, usuário de drogas, HIV+ e uma vida mais comum do que a gente imagina (com direito a todas suas nuances). Fazia anos que não lia um diário; sempre li muitos.

Escrevi alguns também.

Parece que andam confundindo "ida à praia fora de temporada" com "glamour de inverno". O vinho que a gente toma custa R$ 4 reais e a janta geralmente é uma variação de macarrão com-tudo-dentro.

Ainda sigo ator-de-teatro, e não Holliwood Star(vaganza).

Ainda...

Desculpem os amigos blogueiros; sei que ando sumido. Mas é que realmente tenho dedicado essa horinha de internet para apenas 2 coisas: matar a saudade, e tentar escrever algumas linhas. Recupero a leitura mais tarde, sem falta.

"... good morning, how U R doing my love?"

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A pet cemetary...

Como eu sou um ossinho muito do durinho de roer, me recusei a ficar em Curitiba. Anunciei em alto e bom som: estou indo pra casa de praia da minha avó, e os bons que me sigam.

Me seguiram Cley e Lu; da peça. Cley comentou que era programa de índio sair com as pessoas que a a gente vai conviver durante 3 meses. Bem... não deixa de ser mas, a gente joga com o time disponivel, não é?

Não sei se foi exatamente a coisa mais sensata a fazer mas, 1: eu não fico em Curitiba nem por decreto lei e, 2: eu não fico disponivel pra ensaiar nem por... er... decreto!

Surgiu boatos de que teriamos que ensaiar durante esses 15 dias de hiato, e eu logo avisei que, 1: estava homeless... e só! Ponto!

Chegamos na casa, e estava parecendo a mansão da familia Adams: um abandono, uma camada de pó cobrindo tudo, e um fedor de pamonha azeda quase insuportável. A diferença é que tem um matagal crescendo por todos os lados; uma espécie de vida-parasita-da-vida-parasita...

Eita...

Enfim, botei o povo pra faxinar a casa, e ficaram achando que era golpe; assim que terminasse a limpeza, inventaria uma desculpa pra mandar todo mundo embora.

I don´t do the type!

Amanhã chega a Milena (da peça), e quarta a Maithê e Marisa (da peça). Acho que contaminei as pessoas com minha visão de que Curitiba é o bicho papão.

O clima aqui está gostoso, apesar de chover. Quero descaso. Meu único caso está bem guardado no peito, e dali ele não sai!

Que bom que o novo layout foi aprovado! Ele combina mais com meu atual estado de espírito.

Beijos e boa semana!

sábado, 15 de agosto de 2009

Não se atrase na volta...

Desgraça de uma gripe dos infernos do cão da zorba roxa!

A turnê foi adiada por quinze dias por conta da Porca Maldita, e estamos voltando hoje pra Curitiba...

Ódio!

Dos males, o menor. Poderia ter sido cancelada. Mas a idéia de retornar a Curitiba não me agrada nem um pouco...

(Vou fazer as malas...)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Where is the duck?

Patos de Minas, 12 de agosto de 2009


Pois bem, estou agora em Patos de Minas, uma cidadezinha de 168.961 habitantes, que ainda nem conheci direito. Só deu pra sair e achar uma academia para tentar manter a forma enquanto houver energia. Saimos meia noite de Brasilia, e a empolgação em assistir um filme na viagem se dissipou em menos de 5 minutos. Nem mesmos os gritos de terror foram capazes de me acordar.

Mas, acordei como se não tivesse dormido.

Como andei meio perdido ainda por esses dias, acho que deixei a empolgação com o blog embalada num saco plástico dentro da mala.

Brasília realmente é uma cidade estranha. Certa noite fomos jantar no Outback em um shopping, e foi uma viagem tremenda só pra chegar. Seguindo para o teatro, passamos no meio de uma passeata do MST e me senti mal com aquelas pessoas todas olhando curiosas para dentro do nosso ônibus de 2 andares; eu lá dentro, com ar condicionado e tomando suco de caixinha. Tudo muito caro, mesmo nas comidas de boteco.

Por conta da gripe suína, diversos pais proibiram as escolas de levarem seus filhos-alunos ao teatro , e chegamos a apresentar a peça para um grupo de 15 pessoas. O engraçado é que só a ida ao teatro é vista como perigosa, pois as aulas continuam, e tenho certeza que os passeios ao shopping também.

Mas deixa de veneno, que ao menos, na última sessão, que foi beneficente, até que teve um público bacana e participativo. As pessoas são bem simpáticas por lá, só um pouco desconfiadas no começo.

As apresentações foram bem engraçadas. Já na chegada do teatro, eu pisei na coxia e me estabaquei no chão, trazendo a cortina comigo. Em cena, um dos atores, no auge da empolgação, tomou uma estilingada do próprio suspensório durante uma coreografia. Eu ando rindo em cena como se estivesse em casa. Tenho sorrido como sorrio durante o dia, e isso é bom. A peça está com seus problemas, mas não é um problema fazê-la.
Entrei no que chamam de "inferno astral" e whatever that makes. Nunca fui muito ligado com datas, aniversário, idade e essas coisas de calendário. Idade pra mim sempre foi mais mental do que matemático. Mas confesso que, esse ano, ando espeando um certo presente...


Bem, mas chega de falar em passado, vou sair pra conhecer um cantinho de Minas, e volto com outras histórias pra contar.

domingo, 9 de agosto de 2009

... improviso mundos molhados...

Cheguei na minha terra natal!

Brasília é uma terra um bocado feia...

Quer dizer, até fui bem recebido pelas pessoas simpáticas e o calor, mas...

Bem, não posso derramar um texto sobre nostalgia, porque eu realmente não tenho nenhuma ligação com essa cidade. Me mudaram daqui quando tinha 4 anos e pouco, e nunca mais voltei.

O que teve história pra contar foi a viagem de 23h até chegar. Começou com alegrias, continuou com festa e terminou com bate boca e gritos histéricos.

Mas nem quero me ater a essas pequenas caquinhas...

O fato é que, pra compensar a longa jornada, encontramos um parque aquático associado ao hotel, e já me joguei emocionado sob o sol, e escorreguei pelos toboàguas todos feito criança. Quer dizer, quase todos. Tem um ali numa inclinação de 80 graus que nem sobre ameaça de morte eu desço.

Enfim, amanhã fazemos a primeira apresentação, num teatro de proporções modestas, mas o que me preocupa mesmo, nesse momento, é a janta. Nessa cidade tudo é longe, e os preços nem um pouco convidativos...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Under the bridge downtown...

Da novela mudança: mudei.

Oficialmente sou um homeless; menino-garoto-rapaz-meio-homem-meio-criança do mundo.

“Vou mostrando como sou / E vou sendo como posso / Jogando meu corpo no mundo / Andando por todos os cantos / E pela lei natural dos encontros / Eu deixo e recebo um tanto...”

Morando na casa com 4 amigos da peça, praticamente estamos fazendo um esquenta pra turnê, já que vamos passar 3 meses juntos.

Aquela sensação estranha que eu estava sentindo com relação a me livrar de todas as coisas, passou feito esse vento gelado entrando pela janela. Ainda estou considerando me livrar de mais algumas roupas antigas, em prol de, durante a viagem, ir mudando um pouquinho o visual. Percebi que aquele sentimento era só o costume, como se aquilo fosse meu de uma forma mais importante do que realmente era. São bens, mas pouco dizem sobre quem sou.

Ao menos eu penso que uma geladeira não diz muito a meu respeito...

Mas vou pensar sobre isso com mais calma depois.

O fato é que estou me sentindo leve. Literalmente estou mesmo, afinal o que eu abandonei de tralha, não tá escrito. Mas me livrar de tudo aquilo foi o primeiro passo pra sair de Curitiba; já faz muito tempo que estou insatisfeito aqui. Nunca pelas pessoas, pelos lugares, pelos mares... mas pelos ARES! Chega de frio nessa vida-pelos-próximos-anos...

(Ano que vem eu vou morar no CANADÁ e tomo no @#$%¨...)

Pois bem, sem mais novidades, pois de novidades minha vida ta cheia e eu vou é esnobar...

´Té parece...

Vou é dormir porque essa semana são só festas e despedidas, e pra isso também existe toda uma preparação corporal.

Mua!

sábado, 1 de agosto de 2009

Cinzas...

Em meio a arrumação, empacotamento e doação de coisas, tive que me livrar de muitos papéis perdidos aqui e acolá. Eis um deles, que foi pro lixo; fica na memória:






"Quanto tempo demora pra você se acostumar
com os meus silêncios, meu idealismo, minha insegurança?
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Porque, pra mim, basta o acolho de quando você me puxa para o seu peito.
Porque o meu silêncio está preenchido com o seu cheiro.
Porque meu idealismo está próximo de mais.
Porque minha insegurança é não saber.
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Eu, que sou nostálgico e vivo em sordidez
Você vem me tirar do meu território de cinzas de vulcão.
Eu, que tenho fome e te aprecio em camadas lentas.
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Desde sempre amei o teu corpo
E quero fazer dele suor de verão."
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