sábado, 3 de abril de 2010

Twiglight zone...

No more Big Brother! Yes!

Liberdade. Ah, a liberdade...

Páscoa de leve com direito a ovo de chocolate e tudo. Fui numa festa chamada “E haja ovo”, com direito a caruru e cervejinha. Depois fui até a casa dos parentes do Love e, mais caruru. Abençoado seja a culinária baiana...

Com mais tempo a gastar com coisas que realmente importam, terminei um texto para teatro, e vou dar start em um outro negócio. Mais detalhes só quando vingar!

Acabei de assistir “A Caixa”, novo filme de Richard Kelly, diretor de Donnie Darko se-você-não-viu-veja! O argumento já me interessava desde que fiquei sabendo do filme: um dia, um casal recebe em casa uma caixa com um botão. Ao apertá-lo, duas coisas acontecem: uma pessoa que eles não conhecem morre, e eles ganham 1 milhão de dolares. Fiquei com essa idéia na cabeça por muito tempo, e sabendo que o filme tinha sido adiado algumas vezes nos EUA, sinal de que algo não ia bem com as exibições-teste. E Holliwood é perita em criar argumentos interessantes que não vão a lugar algum (vide “Desaparecidos”, “Plano de Vôo”, quase todos os filmes que o Shyamalan fez depois de “O Sexto Sentido”... só pra citar alguns), mas como era um roteiro de Richard Kelly, fui assistir com pequenas ressalvas (tipo, a protagonista é a Cameron Diaz...). Ambientado em meados da década de 70, o filme nos convida a fazer uma viagem para aqueles filmes de suspense que brotoejaram nessa época, quando os EUA estavam fazendo suas viagens espaciais e o medo mundial era o que iriam encontrar por lá. Me lembrei logo de “Além da Imaginação”, aquela série antiga em que os temas eram alienígenas, vampiros, viagens espaciais e gente estranha, muito estranha. Está tudo lá: o sentimento de uma grande conspiração, o medo do desconhecido, o sobrenatural, e claro, o absurdo. O grande trunfo do filme é se manter sempre a frente da nossa curiosidade, colocando novos elementos e mantendo a atmosfera tensa. Como nem tudo são flores, as vezes esse formato de cinemão antigo se auto-esgota dentro de seus próprios absurdos, e ainda mais para uma platéia tão jovem que esse tipo de filme atrai, as tais referências e homenagens não acham seu público alvo tão facilmente. E contando com um casal de protagonistas sem química nenhuma e de talento ainda duvidoso e à prova. Particularmente, me diverti um bocado, o trabalho de arte é impecável, além da relação com Sartre bem trabalhada. O próprio diretor declarou que tentou fazer algo mais comercial para não ter problemas de distribuição, o que acho que só prejudicou seu trabalho. Escalar uma estrela para o filme, e não uma atriz já é um indicio disso, mas acho que se ele apostasse em atores desconhecidos (como fez em Donnie Darko) talvez o próprio filme ganharia em alguns aspectos. Mas enfim, é só seu terceiro filme, e até se firmar como bom diretor e poder tocar seus projetos de forma mais pessoal, leva tempo e nem sempre a estrada é fácil.

Eita que esse texto ficou pessoal demais, to me sentindo o amigão de infância do diretor. Filme recomendado, ponto, tchau.

Um comentário:

Ge disse...

Nossa...visualizei o filme total...heheheh...assim que tiver uma oportunidade vou ver...