segunda-feira, 27 de abril de 2009

Convivendo...

E cá estou eu de novo, me ambientando nessa terra que cada dia mais me é menos estranha e mais me acolhe.

Os primeiros dias foram um bocado estranhos devido a chuva torrencial que insistiu em cair por dias. E eu lá sabia que nessa terra chovia assim, gente? Mas se todo mal tem seu remédio, foi bom pra dormir pertinho...

Assisti "Milk", e fiquei encantado com a trajetória de vida desse homem, com a sensibilidade do elenco e o bom gosto de Gus Van Saint. Chorei foi muito. Jão ainda me mostrou um filme que ele gosta muito, chamado "Hedwig & the Angry Inch", e desde então, entrou pra lista dos filmes que mais me surpreenderam. Espero carregar uma cópia comigo de volta, e colocar na cabeceira.

Acompanhei João em um encontro de universítarios, chamado CELID, em um hotel-fazenda à 2 horas de Salvador, em que ele ministrou um evento com enfase na liderança, e foi muito bacana.

E finalmente vi Jão nos palcos! Assisti ao show (que o próprio dirigiu) "Confetes & Banlangandãs", em comemoração aos cem anos de Carmen Miranda. Ao contrário do que ele acha (que eu não gostei), o show é ótimo, de muito bom gosto e agradável. Bati zilhões de fotos (quase todas dele, claro), e depois coloco no Orkut, porque modéstia a parte, ficaram ótimas.

Hoje acordamos cedo, para um curso com a atriz Livia Falcão, chamado "Despertando Qualidades". A doida botou a gente na Yoga e nas danças populares pernambucanas já as 8 da matina, e nos quebramos todos. A oficina segue até quinta feira.

A tarde, o moço foi resolver coisas e largou seu grupo da terceira idade na minha mão. Já conhecia todas (e adoro cada uma daquelas espevitadas) mas fiquei morrendo de medo, afinal, eu como professor ainda sou, mal e mal, um ator. Apliquei uma série de jogos de pesquisa de gestos que se transformam em dança, e terminam em coreografia, e ela adoraram, ufa-obrigado-senhor. Em determinada altura, cheguei a derramar lágrimas com a força de vontade de uma senhora que, mesmo incapaz de ficar em pé sozinha, fazia questão de participar, sendo apoiada pela enfermeira. Fiquei lembrando de minha batchan o tempo todo, num misto de conforto e nostalgia. Recebi um calor humano delicioso por lá.

Alias, calor humano é o que não me falta por aqui. Revi pessoas que conheci nessa curta e intensa trajetória afeto-baiana, e recebo longos abraços, e pedidos de "venha". Só respondo: "vontade não me falta", e interiorizo: "tudo em seu tempo".

Pela primeira vez, conheci ao-vivo-e-a-cores-de-cabelo-vermelho uma amiga de blog que era só virtual, Juliana Rocha, do "Luzes da Madrugada", durante um feijão na casa de um amigo. Adorei te conhecer Ju!

Os dias agora seguem com a impressão de anos. A convivência, o dia-a-dia, a rotina. Entrego intimidades e medos, com receio de causar a impressão errada, mas tentando plantar o mínimo que seja, para que, quem sabe um dia, eles se multipliquem.

I have a dream today.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ishiruji...



Sempre quis saber de onde vinha meu sobrenome e o significado dele, mas era algo que ninguém soube me explicar de forma muito convincente. Em minha primeira aventura em SP, uma tia conseguiu sanar minhas dúvidas.

Ishiruji na verdade é o sobrenome de minha avó. Quando ela veio para o Brasil, em busca de condições que o Japão já não podia oferecer, era preciso um número grande de pessoas da mesma familia vindo para cá, e então meu avô abdicou de seu sobrenome, uma vez que minha avó vinha com mais irmãos. Aqui ela trabalhou na lavoura, teve 11 filhos e batalhou um bocado, coisa que pode ser notada pelas marcas do tempo em seu corpo.

Minha tia conta que no Japão, a familia Ishiruji é muito respeitada, pois é de uma linhagem de monges, e inclusive temos um tempo com nosso nome lá. O sobrenome de meu avô (que não me lembro) já é algo bem comum, mais "povão" mesmo.

Nem todos os membros da família tem esse sobrenome. O kanji do meu nome pode ser lido de duas formas: Ishiruji e Ishido, e a segunda opção foi a mais interpretada pelos japoneses que estavam aqui antes de minha avó, e muitos foram batizados assim. De Ishido pra cá e Ishido pra lá, por ironia do destino, durante anos eu acabei sendo o único Ishiruji neto e homem da família, uma vez que todas minhas tias perderam o sobrenome ao casarem e meus tios Ishiruji´s só geraram mulheres. Hoje um tio de sobrenome Ishiruji já teve 2 filhos homens, para meu alivio, e então a familia Ishiruji no Brasil ainda vai continuar mais uma geração (assim eu espero).

Hoje, aos 92 anos, a mais antiga Ishiruji no Brasil faleceu, depois de mais de um mês no hospital cuidando de uma queda que trouxe complicações.




domingo, 19 de abril de 2009

Domingo...

É justo que se faça domingo. É justo que os dias aqui tenham passado sem nem dar tempo de reparar direito. É justo que eu conte cada segundo. Que venha o outono e que essa cidade esfrie. Maldição que me persegue: frio e chuva; vou eu para alguns dias de calor. Fugindo mesmo, feito louco com sede, me jogar em uns braços deliciosos, que me fazem perder o rumo e a noção do tempo. Tempo? Alí, acomodado, que ele esqueça sua função e me deixe impune aos seus jogos.

Os dias aqui passam com más noticias, filmes, cenas, algumas linhas e só. Self-marasmo, balanceando amizades, explorando algumas cozinhas e só. Sono desregulado, surdez parcial, rotina e só.

No meio dessa maré de espera, prefiro a tormenta. Nem planejar, nem pensar, nem calcular (ao menos, não muito). Só o suficiente para sacar que "sim, é possível", e pular da prancha abraçando os joelhos.

Acho que me sinto feliz, quase como uma euforia adolescente, incapaz de sentir medo de merda nenhuma, simplesmente porque merda nenhuma importa a não ser² feliz.

Ser feliz. Contem nos dedos se já deu pra ser feliz esse ano. Abril começa a ensaiar o inicio do outono, essa estação melancólica que transita entre dois ápices climáticos. Já deu tempo de ser feliz. Porque felicidade não se compra, mas parece que vem em doses, e que as vezes não duram muito, mas as vezes duram-e-perduram. E a gente vicia nisso, e fica procurando em tudo quanto é canto, de tudo quando é jeito.

A porra do futuro eu sei lá. Não sei do que vem por ai, nem pretendo mexer nele agora. Só o que posso prever do futuro é o amanhã, em que faço a mala e arrumo a casa enquanto vou catando uma lembrança aqui e alí. Um riso, um dia de sol, um gosto, um cheiro. Relembro uma fotografia. Ouço uma música que não conhecia. Assim, pequenas coisas de ser feliz, guardadas num vidro de painkiller e dosadas à devidas proporções.

Agora eu sei. Um passo de cada vez.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Hello sunshine...

Frioooooooooooooooo... chegou o Outono nessa cidade do cão-do-capeta-da-zorba-roxa! Ontem a noite fez 14°!!! Me embolotei com uma montanha de cobertas e dormi SOZINHO. Sim, eu sei, frio é bom pra dormir. Mas não é nem um pouco legal quando se dorme dozinho. Nem quando se toca o despertador. Nem quando o chuveiro não esquenta. Nem quando se tem que lavar roupas no muque. Nem quando se tem que ir pra rua. Nem quando não se tem carro. Nem quando não se tem internet (e a lista continua...).

Fiquei DIAS sem internet! Mentira, um dia só... hihihi... mas essa caralha deixa a gente muito mal acostumado.

Eu tenho mais sorte nessa vidinha do que juizo nessa cabecinha de mamão-macho-com-cara-de-limão-deitado. Segunda feira tô indo pra Salvador de novo! Hihihi... quase nada feliz né?

Ontem fiquei me sentindo muito marginal, falsificando uma carteirinha de estudante. Ué, minha gente, preciso economizar, tempos de vacas bulimicas. Atire a primeira pedra e eu respondo: "foda-se, eu pago meia!" hihihi... (OK! Já chega dessa risada IRRITANTE!) Hihihi... (só pra me despedir...) A notícia da carteirinha-genérica correu Curitiba, e a cidade já conta mais mais 6 estudantes de Artes Cênicas que não constam na lista de chamada (e eu me segurei pra não dar aquela risadinha de novo...), e tenho a impressão de que essa lista ainda vai esticar...

Por aqui, a vida segue meio estranha, mas nada que deva ser comentado. Segurando pontas aqui e acolá, e procurando ser feliz do modo que me é possível. Não posso estar em todos os lugares ao mesmo tempo, então decidi que vou estar onde me faz bem, e não onde querem que eu esteja. Egocentrico sim, as vezes eu preciso aprender a ser menos altruísta.

A vida segue.

Tchau frio.

Oi tempo.

sábado, 11 de abril de 2009

The end of the world as we know...

Em 1951 o mundo tremia à sombra da guerra fria. O cinema americano, sempre antenado, lançou alguns filmes em pacote que tratavam do tema, como "Guerra dos Mundos", "Plane 9 From Outer Space" e "O dia em que a terra parou". O medo? Morrer por causas fora de nosso controle, sendo punidos por existirmos da forma como existimos. Agora Holliwood começa a retomar esse mesmo filão, e os cinemas vão começar a pipocar de novo com os filmes-catástrofe. O visionário do momento saiu lá em 2007, chamado "Sunshine - Alerta Solar", da qual só fui assistir agora e me surpreendi. No filme, o sol começa a se extinguir, e um grupo de astronautas é enviado para tentar "reacender" o planeta. Absurdo? Oh yeah!, do melhor que Holliwood consegue produzir, e o pior, nos convencer. A história é surpreendente, assim como o elenco. Chego a arriscar que esse talvez venha a ser o melhor dessa safra que ainda está por vir.
.
(Jão me corrigiu dizendo que o Sol é uma estrela, e não um planeta; ÓBVIO! Thanks John! Como vocês puderam observar, eu nunca levei jeito pra astrologia hihihihi...)

Mas vamos lá. Hoje assisti "Presságio", que tem uma história tão longa que me dá preguiça de escrever uma sinopse, e além do mais, não gosto de spoilers. O roteiro é um bocado frouxo, e parece que pega tudo que o gênero pode oferecer e bate a mão com um garfinho de plástico: mistura tudo, mas não tão bem assim... O personagem do Nicholas Cage é burro, mas o coitado rebola bonito pra segurar o papel. O filme tem um ritmo péssimo para a bunda, mas tem seu mérito por nunca nos deixar prever o que vai acontecer, como 99% dos filmes em que parecemos viver num eterno presságio (hihihi... trocadilho infame, mas não podia perder a piada). Minha dica: vá sim ver no cinema, pois sem a telona, o filme vai ser chatíssimo. E leve um bom balde de pipoca. Quando ela terminar, o filme vai começar a ficar bom. É aí que entram os efeitos especiais impressionantes e de realidade chocante. Senti calafrios na espinha, pois aqui usa-se todas as técnicas possíveis para tornar todos aqueles desastres reais. É bem provável que você se impressione, mas não a ponto de iniciar uma prestação para construir seu bunker. Até porque, com tantos gêneros e temas enfiados no meio do filme, a sensação é de que você foi meio "enganado" esse tempo todo. Justificado sim, mas apelando, até assaltante tem seu perdão.

E em breve tem o "2012", do Roland Emmerich, o destruidor-de-mundos. Dá uma olhada no trailer, que filminho independente....

If you´re an american and wants to survive, become a Holliwood star.

Se você é brasileiro e acredita no futuro, aprenda a falar inglês.

Hihihi...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Esse dia seu...

O telefone que hoje toca me causa medo do que vou ouvir,
porque a vida a minha volta anda se equilibrando em uma corda fina e frouxa,
e sem uma rede antes de chegar o chão.
Por detrás daquela xícara de refresco de café,
do fundo da garrafa de cerveja,
e mesmo daquele meu riso exagerado que causa silêncio ao redor,
eu penso que hoje era um dia pra ser só seu.
Eu queria acordar do teu lado e pedir que me abraçasse,
e só me soltasse depois que o suor tornasse impossível continuar grudado.
Por detrás dessa minha segurança,
tem um medo indefinido que só tuas mãos saberiam afastar.
Entre um gole e outro não parei de pensar que aquele lugar não é totalmente bom porque você não está ali,
ouvindo-me falar sobre coisas que eu não te disse,
e que às vezes me dá medo não ter tido tempo de dizer.
Coisas que eu devia ter dito enquanto estava perdido na sua cama pequena,
saboreando cada segundo seu;
mas entende, eu estava perdido.
Aqueles meus silêncios,
em que eu coletava nuances suas,
que são minhas,
e que eu vou guardar pra nunca te dizer.
São essas sutilezas que hoje interromperam minha conversa,
entre um palito e um assunto que eu tive que pescar de volta ao centro da mesa.
Mesmo tendo aqueles olhares e sabendo da minha capacidade de seguir em frente,
preferi saborear de novo aqueles segundos que ficaram,
e de novo,
e de novo,
ao invés de inutilmente tentar esquecê-los.
Esquecer não entra no meu vocabulário de sentimentos explosivos,
e eu não faço questão de guardá-los.
Senti falta de ouvir sua voz me contando coisas que não conheço,
e dos teus olhos tristes que você esconde por detrás do seu sorriso sempre disposto a me entorpecer.
Hoje eu entendi que não sei nada desse tempo,
bem menos ainda do que supunha;
e preciso aprender a respeitar esses momentos,
mesmo amaldiçoando cada segundo que ele me priva de ter o que quero ter.
Eu ainda sou um menino mimado que não ter vergonha de espernear,
porque só eu sei o bem que me faz quando teu cheiro me chega aos sentidos.
Tanta coisa bonita que hoje eu vi,
tanto medo que hoje eu senti,
e eu queria te mostrar;
não por essas fotografias que eu insisto em bater,
nem nessas palavras que eu ainda sonho em escrever;
mas te segurar pela mão e dizer:
"olha!, ali tem um pouco de mim".
Chega desse sigilo estúpido.
Você não me deve,
nem eu posso te cobrar,
mas deixa guardado um espaço pequeno,
num canto escuro,
mesmo que não pegue sol e só guarde poeira;
guarda um canto pra tudo isso que foi,
eu e você,
e outro pra o que a gente pode ser.
Eu não faço idéia do que vai ser de amanhã,
mas vira essa página e dobra o canto do cabeçalho,
que é pra visitar de novo quando for o nosso tempo.
Me deixa construir essa esperança,
porque eu não sou de me contentar com pouco,
e eu ainda te quero mais.
Não se assuste;
esse sou eu.

Assustado comigo mesmo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

P.S: sometimes it doesn´t make sense at all...

As vezes esse mundinho não faz o menor sentido, e quanto mais injusto, menos a gente gosta dele. As vezes ele é capaz de tanta indelicadeza, de tanta grosseria, baixaria, que dá vontade de pular pra fora dele. Opa!, mas o mundo não é uma tábua, e ainda nos puxa de volta, o cretino.

Um segundo que passa e tudo muda. É justo? Dá tempo de colocar tudo no papel em um segundo? Dá tempo de calcular as possibilidades, pensar as variantes, tomar a decisão mais certa, e então dizer um grande "sim" ou "não"? Ou vamos lembrar de tudo o que fizemos, pensando que o certo é não repetir o mesmo erro, e viver o resto da vida com um "talvez", já que o mesmo raio não cai duas vezes no mesmo lugar, cada caso uma sentença, uma moeda tem dois lados...

É linear e a gente sempre toca pra frente; é circular e a gente corre, corre, corre, e volta pro mesmo lugar; é desgovernado feito um touro cego pelo sangue que sai da espada enfiada no pescoço?

Acho que é fino, feito um fio de cabelo.

E então a gente se pendura pela vida, e balança sem medo da corda arrebentar, porque a problemática não é cair, e sim chegar o mais longe possível.

Por isso fico um pouco mais tranquilo em me contentar com pouco. Fico feliz em sentar na frente de um bom filme com um pote de sorvete; ou em descobrir um lugarzinho gostoso que dá pra sentar e beber cerveja com os amigos; ou saber que ainda sou capaz de me apaixonar, mesmo tendo me machucado tanto.

A gente se agarra, balança e pula. Ou arrebenta e, foda-se, a gente voa.

Pequenas coisas, meu amigo. Pequenas coisas.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um mapa, um escudo, um óculos de sol...

As vezes a gente se atropela
As vezes a gente se enrola
As vezes a gente grita e chora
E jura que nunca mais vai chorar
Mas segue chorando...

E a gente continua a trajetória
De um ponto ao outro
Equilibrados nessa corda fina e bamba

E a gente continua rindo
Feitos palhaços
Nesse mundo que não é um picadeiro

E a gente continua a girar
Porque o globo gira
Sem se importar que puxamos o freio

E continuamos nos atirando
Gravidade abaixo
Confiando que no fundo vai sempre ter

Uma rede que nos segure
Uma bacia d´agua que ao menos amorteça
O baque de se atingir o fundo
E não saber se vai conseguir sair

Voce, meu amigo, malabarista de sonhos
Que faz me sentir mais vivo
Porque sei que não estou sozinho
Nesse mundo tão maciço
Tenho alguém que compartilha
Dos mesmos desejos
As mesmas viagens
Os mesmos medos bobos

Porque sei que voce também não tem medo de ser pesado
Feito bala de canhão
E sem capacete ainda somos capazes de nos atirar

Então vê se não feche essa cortina
Não apague os holofotes
E nem tire essa maquiagem borrada do rosto

Pois esse mundo sem uma estrela
Vai perder todo o brilho
E a gente sabe o quão triste é esse mundo
Quando está escuro

domingo, 5 de abril de 2009

Don´tcha?

Deixa o tempo correr
Você em seu mar distante
Eu em meu céu de sonhos
Não tão longe
Mar e céu que se encontram no horizonte

Gente, como é bom ter amigos freaks! Fui num churrasco entre esse povo doido que faz teatro e afins, e achei que ia ter uma embolia pulmonar de tanto rir. Que bom que eu sou esse ser humano frouxo, que ri de tudo, porque botei até o diabo pra correr. Bebi um pouco de mais, e hoje acordei com gosto de poste na boca, mas valeu a pena. Entre amigos tudo fica bem mais fácil.

Ontem tambem fui surpreendido por um Flash Mob na frente de onde moro. Pra quem não conhece a expressão, são aqueles happenings armados pela internet, em sites de relacionamento e e-mails, que combinam fazer uma coisa qualquer em determinado dia, horário e local. A mobilização é voluntária, então nunca se sabe no que vai dar. Dessa vez, foi o dia mundial do Pillow Fight. Ano passado participei de um desses, que era um protesto pela paz, para que o "Dublia" Bush retirasse as tropas do Afeganistão. Contra a guerra, uma guerra de traveseiros. Achei genial. Fui com uns amigos, e lá encontrei um monte de gente conhecida, já que esse povo do meio artístico adora uns troços desses. A ideia era 5 minutos de travesseiradas, mas ninguém aguentou nem 2! Isso cansa, e acho que vou criar uma técnica de Pillow Fight e vender para as academias como a nova promessa para perder peso e reduzir o stress. Mas recomendo, é muito divertido fazer guerra de travesseiros em massa. Pois bem, dessa vez não tinha causa específica, era só uma mobilização mundial, e isso rolou em varios lugares do país e pelo mundo afora. Um tempo atrás tambem rolou por aqui o zombie walk, em que as pessoas se juntam vestidas de zumbis e saem pela cidade. Mas a mais curiosa foi o jump day que rolou ano passado, em que as pessoas combinaram de, em um horário determinado, saltarem todas juntas, para ver se conseguiam tirar a terra do eixo. Posso?

Esse conceito surgiu em Manhattan, por um cara chamado Bill Wasik, que dizia que o consumo em massa se sustenta mais pela nossa necessidade de pertencer à um grupo do que pela qualidade do consumo. Então começaram a surgir essas ideias de juntar uma multidão para fazer qualquer coisa.

Confesso que acho a ideia muito divertida, e a primeira vista pode parecer um pouco idiota, mas tem um fundo bacana nisso. Nesses casos, toda e qualquer pessoal pode participar sem discriminação, e são sempre manifestações pacificas. Olha essa propaganda que utilizou a ideia de flash mob:

Contagiante né?
:)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Poker Face...

Ando com a sensação de estou divido em partes diferentes, e separado que é pra ver se não junta de novo. Queria não precisar dormir; que essa cidade funcionasse 24h, por inteira, só pra eu me desvencilhar desses momentos em que paro sem ter o que fazer.

We never gonna survive unless we get a little crazy.

Sei que não adianta me sentir confuso, sozinho, inútil, porque só vou continuar sendo um imprestável perdido e solitário. Mas se pra isso eu preciso enfrentar essa turba nas ruas, encher a cara e rir de piadas amarelas, acho que ando ficando meio velho...

Não. Não. Não. Não é assim. É que, pra ajudar, esfriou, e eu não combino com esse cinza, nem tampouco nasci urso. Ainda estou dividido. O lugar onde estou, o lugar onde gostariam que eu estivesse, o lugar onde eu deveria estar, e onde eu gostaria de estar.

Não nasci com a voz potente pra ficar dizendo isso em palavras mudas. Palavras não chegam. Na melhor das hipóteses, acalentam feito o chá quente que tomo agora, e que em alguns minutos já esfriou.

Mania essa de me atirar de cabeça nas coisas. Não nasci gato, e não sei saltar de paraquedas. Sigo esperando que alguém coloque uma rede ou uma tina d´agua ou coisa que valha.

Talvez no tempo da delicadeza.

Não estou triste. Não estou feliz. Estou nesse estado preocupante de inércia, quase apatia. Deixando que me levem; eu fecho meus olhos e imagino que estou lá no Porto da Barra, boiando, deixando que a correnteza faça seu trabalho. Se me leva pra areia, se me leva pra dentro do mar, sei-lá-e-pouco-me-importa. Minha vida agora se resume a esperar.

A esfinge da espera, olhos de pedra sem pena de mim.

Odeio fazer oficina, mas acabei de fazer uma. Jurei que não faria mais cinema de graça, e já arranjei um curta. Cansei de balada, mas cá estou de ressaca. Estava esperançoso com a ideia de descer para à praia esse final de semana, mas alguma coisa me dizia que as pessoas iriam dar para trás, e não deu outra. Amarguei de novo.

Quando bate a saudade eu vou pro mar. Fecho meus olhos e sinto você chegar.

Ao menos, em termos profissionais, essa semana meu ego foi inesperadamente inflado algumas vezes, e de vez em quando é bom receber um elogio. Belive me, de críticas meu tá cheio.

Voltei a rezar. Pedindo pelos que amo. Por mim não, pois seria heresia (?) pedir coisas para mim, uma vez que eu não estou com uma opinião religiosa muito formada. Mas sinto que tem coisas acontecendo ao meu redor que não entendo, e me machuca não poder fazer nada a respeito.

A trilha sonora por aqui anda bem pop, que é pra animar e grudar sem dó nem piedade, assim passo o dia com a mente ocupada. Descobri a mais nova louca da parada semanal, se chama Lady GaGa (??), que é a cara da Christina Aguilera, tem o timbre da Christina Aguilera, e quando vi o clip ontem, achei que era pegadinha de primeiro de abril. Mas não, não é a esgoelada-mor, que por sinal, deve estar se roendo de inveja, já que o CD da tal GaGa (?!!?) bem poderia ser dela. Mas a GaGa (não me canso de rir de alguém que se intitula Ga-Ga) não apareceu sem calcinha, nem raspou o cabelo e nem bebeu todas. O negócio dela é desdentar os bailarinos! Tem dois videos dela no YouTube descendo o sarrafo na boca dos bailarinos em meio a apresentações, e o placar já está 2 para GaGa (GaGaGagAgagaAGAGAgagaga...), e menos 4 dentes na boca do pobre corpo de baile. Vou mandar ela pra Salvador fazer umas aulas com João Figuer, aprender umas coisas de noção de palco, quinosfera... ela declarou que o lugar mais estranho que ela já deu autógrafo, foi num pênis. E-ela-ainda-tem-um-dueto (dueto o cacete...) com-o-New-Kids-On-The-Block!!! Ai meu pai... muita informação pra um post só.

PS: de quem foi a idéia de retomar o New Kids On The Block gente? Já são quase os New Daddys On The Dungeon..... ups!

PS 2: o Donnie não tinha virado ator??? É ele na abertura de "O Sexto Sentido"; lembram da cena do cara de cuecas no banheiro do Bruce Willis??? E é ele em Jogos Mortais....... 74?

PS 3: Playstation 3.

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