quarta-feira, 20 de abril de 2011

If it happens to you...

Essa semana fui ao BRASKEM, premiação do teatro baiano. Com uma cara de musical (bem... hum...) quase Broadwayano (OK, melhor dizer influenciado), a festa foi marcada por discursos bonitos, outros bastante equivocados. Alguém me explica que pessoa em sã consciência recebe um prêmio de revelação (veja, ninguém sabe bem quem é) e me tira duas folhas de um discurso que começa com: "quando eu nasci..."? Em seguida, no prêmio de Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil, algo parecido: a premiada queria chamar todo mundo pro palco e ficava dizendo que o espetáculo "é muito lindo!". Mas valeu pelo discurso afiado de Fernando Guerreiro dizendo que agradecia ao parceiro pois era impossível fazer um espetáculo como aquele sem estar apaixonado. É, eu sou um romântico. Uma coisa que eu fico me perguntando, e que na premiação se tornou crônico, é a necessidade desse discurso de "ator baiano" aqui e "ator baiano" acolá, como se o fato de um ator daqui ser visto em uma novela ou filme é coisa de outro mundo. Será o tamanho do sucesso ser medido por uma projeção nacional? ou mais que isso, só se é alguma coisa se for em novela?

Esse fim de semana fui a São Paulo conferir a Virada Cultural, uma balaiada de artistas tomando as ruas da cidade cinza, muitos problemas técnicos e a falta de gás. É, gás. Atrações mornas, algumas poucas coisas boas perdidas em meio a tanta informação, como estourar pipoca com a tampa aberta e você só poder comer o que pegar no ar com a boca. Comecei a peregrinação vendo Tiê, uma cantora que não conhecia e logo comentei: "parece música de Aquarius Fresh", que João me explicou que bem podia ser, pois a moça era compositora de jingles antes de se lançar cantora. Eu achei uma Mallu Magalhães daqui alguns anos. Marina Lima tava em uma bad trip de achar defeito no som e não parou de reclamar e interromper música no meio. Mart´alia (é assim?) tava lá longe. Martinho da VilzzzZZzZzzZZzzZZZ... Cansei. Tô véio.

E o palco de Stand Up gente? Mais disputado que Applle Store no dia de lançamento, provando que o CQC faz a força. Só olhei de esgueio, sigo achando Stand Up Comedy uma modinha chata e de poucos arroubos. Pra calar a minha boca, fui parar n´um bar com Stand Up, e confesso que ri um pouco. Mas o melhor da noite ainda foi o Comida dos Astros e as paródias tresloucadas.

Só tirei o lucro quando fomos passear na 25, e baixou a consumista na pessoa. Voltei pra casa com 3 pares de calçados e um monte de coisinhas que nem ouso somar tudo pra não ver a cor do cheque especial. Resultado da viagem fora de hora: Virada Cultural só se Adele vier acompanhada de Monae, Torrini, Apple, Aydar, Naim e Gaga; me convide pra qualquer outra coisa, adoro a cidade que faz os olhos arder.

Preciso ir ao cinema. Urgente.

Uai, eu nem registrei no blog a chegada da cegonha. Passando pela rua em direção à Borracharia (a balada; os pneus vão bem) avistei um gatinho serelepeando com uma mocinha num terreno baldio. Em 15 minutos estavamos em casa sem saber o que fazer com aquele fiapo de gente. Kiwi Bill é um bebê de aproximadamente 2 meses, típico vira-latas e com uma carinha irresistível de morcego; orelhudo e zóiudo. Já escala o tapete atrás da porta feito "O Tigre e o Dragão" e já desce o sofá de rapel e sem cordas. Insuportavelmente fofo.

Tchau.

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