quarta-feira, 6 de abril de 2011

Search and destroy...

Eu venho de um histórico familiar de atraso com relação ao ritmo "natural" das coisas da vida. Minha mãe conta que quando ainda moravamos em Brasília, meu pai achava desnecessário ter um telefone em casa, e cada vez que precisavam ligar pediam emprestado do porteiro. Quando era moleque, em Cascavel, todos os meus amigos já estavam zerando Streets of Rage 2 enquanto eu ainda fazia campanha espalhando bilhetinhos pela casa com os dizeres: "Não esqueça o meu Mega Drive!". Bem, toda essa justificativa nostálgico-depressiva pra justificar o post sobre True Blood 3 anos depois da estreia da série.

É quase impossível não gostar de True Blood né? Tipo, vamos falar de vampiros fodões, chamar uma ganhadora do Oscar mirim, uma melhor amiga nigga-attitude disparando palavrões com direito a mão na cintura e cabecinha fat family, um loiro bonitinho semi-nu e fodendo metado do tempo... depois a gente vê o que faz com tudo isso. Tá pronto a receita de um seriado safadinho que entrega tudo aquilo que Crepúsculo não fez.

Mas tem uma coisa que me incomoda muito nesses seriados, que é a inclusão de subtramas em todos os capitulos, como em uma tentativa desesperada em manter a impressão de que a série é imperdível porque é sempre cheia de novidades. Com isso, sobram histórias mal resolvidas e confrontos que se solucionam-se as pressas. As transições de capitulos as vezes também são preguiçosas de doer, como por exemplo justificar o desfecho de um episódio com extremo perigo para uma personagem e depois resolvê-lo como um mero pesadelo.

Ainda assim, a série conta com fatores muito interessantes, a começar pela protagonista interpretada pela Anna Paquin com muito vigor e entrega. E eu sempre crio um laço (de sangue?) com atores mirins torcendo para que eles "dêem certo" no futuro. No caso da atriz, é curioso perceber como o misto da garotinha que cresceu mas continua com tiques infantis funciona que é uma beleza no papel. Apesar de rodeada de figuras interessantíssimas a sua volta (o cozinheiro-traficante Lafayette é o meu favorito) a série é dela. Mais interessante ainda é perceber que os vampiros são os menos interessantes na trama; alias, que cidadezinha maldita essa não? Suspeito que não exista um humano sem aspirações a X-men ali.

Finalmente assisti "Sucker Punch"! Se você assistiu o trailer, já viu o melhor do filme; só falta baixar a trilha sonora e pronto, já tem tudo o que precisa dele.

Tchau!

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