quarta-feira, 27 de maio de 2009

Begin to hope...

Decidi entrar de cabeça na idéia de ficar menos tempo na internet. Ainda não me livrei de nenhum dos tantos gadgets que tenho, mas tampouco os tenho utilizado. Ainda é cedo pra dizer, afinal tratamentos de choque não são lá essas coisas em termos de confiança. Mas estou mentalizando a idéia de manter só o Orkut, e-mail e meu querido blog. Só.

Preciso ler mais. Preciso me mexer mais. Preciso socializar mais. Principalmente, preciso sair do conforto do mundo virtual e passar a viver mais o mundo real. Tem tanta coisa que preciso aperfeiçoar, tantas idéias que deixo de por em prática, tantos amigos que deixo de ver; em prol de ficar alimentando o Orkut para que eu pareça uma pessoa mais interessante para os duzentos e sei lá quantos amigos (que AMIGOS mesmo são poucos...), e buscando os vídeos mais engraçados do momento para ser o primeiro a revelá-lo na roda de amigos (que cada vez menos se reúne).

Orkut é um troço a parte. Conhecemos uma pessoa, e no final da noite já rola o famoso: “me add no Orkut!” Gente, não! Se tem coisa que me irrita é esse povo que vem me adicionar sem nem saber de onde eu venho. As vezes eu fico parecendo arrogante, mas é que lá é um canto muito pessoal, e que só divido com quem eu realmente sinto que tem alguma relevância na minha vida.

Aqui é meu canto para falar.

O único canto que não me cansa é esse. Aqui eu sempre digo quase tudo que a coragem me permite. Mas a internet de uma forma geral tem feito eu me sentir como um preso. A diferença é que ao invés do escuro da cela, eu tenho o clarão da tela que me ofusca a vida-de-verdade. De repente, comecei a perceber que estava ficando cego e surdo, achando que aqui eu iria achar a resposta pra tudo, e tudo o que se precisa está contido nessa tela. De repente, percebi que estava buscando vida aqui dentro. E aqui dentro só se esboça a vida, só se observa, só se idealiza. Feito um preso que fica olhando fotos de mulher pelada, e alisa a frieza das paredes de concreto pra perceber que aquilo nada se parece com uma mulher de verdade. Eu, de repente me vi olhando para as fotos das pessoas que amo e começava a me satisfazer com aqueles bits organizados em seqüencias de zeros e ums. E não basta ficar olhando a vida passar.

Eu percebi que preciso cuidar de como me expresso. Assim como vivo tudo intensamente, as vezes eu perco a medida nas palavras; e então pra dizer uma besteira e cometer uma grande cagada é um passo.

Ou um peido.

Duh......

Por isso, manter só aquilo que me faz bem. Ontem resolvi me fazer bem; uma coisa que não fazia a muito tempo. Passei na locadora e peguei um monte de filmes. Passei no mercado e comprei um monte de cerveja, um monte de salgadinhos, chocolates e um pote de sorvete. Sentei na frente da TV e consumi tudo isso ao mesmo tempo. Terminei o dia bêbado, empanturrado, e depois de rir e chorar um monte, fui dormir pesado.

E a vida segue adiante. Eu sigo um pouco mais leve.

Só pra constar:

- Minhas fotos estão prontas e ficaram uó. Tô muito magro ainda pra esse tipo de foto.

- “Marley & Eu” é lindo de mais. Mas não esse tipo de filmes de cachorro da sessão da tarde. Lindo porque é verdadeiro e adulto. O cachorro não precisa virar a cabeça de lado e ganir pra conquistar a gente.

- “Noites de Tormenta” é bobo. E o Richard Gere continua o mesmo: grisalho e fraco.

- “Jumper” até que é divertido, mas deveriam ter trocado os papéis: tirar o cara-de-cerâmica do Hyden Christensen do papel principal, e botar o Jamie Bell como protagonista.

- Pra fechar com chave de ouro meu dia de boêmio, assisti “Moulin Rouge”. Eu ainda choro no final.

- Viciei em Lily Allen. Eu sei, estou bem atrasado. Mas só fui reparar na moça de voz econômica depois que ouvi uma versão que ela fez de “Everybody´s Changing” do Keane. Baixei o primeiro CD, e fiquei rindo e ruborizando com as coisas que a moça canta. É uma coisa meio “programa infantil pra grandinhos”. Tipo o filme pornô da Xuxa hauahuahauhauhaha...

- E amanhã encaro “Evita”. Senhor, me dê forças. Adoro musicais, mas odeio ópera-rock. Odeio os filmes da Madonna; só gosto de “Destino Insólito” pra ver ela sendo humilhada (com o ex-marido na direção). E não suporto o chato do Bandeiras, que foi pra Hollywood vestir a capa de Latin Lover e nunca mais tirou, nem pra lavar. Odeio gente porca.

(?)

2 comentários:

Anônimo disse...

HAHAHA AMei o post! Delicioso de ler! E q bom q foi VC q me add no orkut! ÓTIMO sinal!!
Saudades

Ge disse...

Você tem toda a razão...a gente faz o maior esforço para deixar Orkut atualizado, blog...etc...que acabamos pensando que essa vida virtual é que é importante...acabamos ficando com preguiça de atualizar a vida real, até porque ela exige muito mais esforço e dedicação...Só não podemos esquecer que é na vida real que as coisas realmente acontecem....
Ah...eu geralmente não gosto de filme de animais...mas assisti Marley e eu e adorei...muito bom o filme...hahhah...bjus.