segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um mapa, um escudo, um óculos de sol...

As vezes a gente se atropela
As vezes a gente se enrola
As vezes a gente grita e chora
E jura que nunca mais vai chorar
Mas segue chorando...

E a gente continua a trajetória
De um ponto ao outro
Equilibrados nessa corda fina e bamba

E a gente continua rindo
Feitos palhaços
Nesse mundo que não é um picadeiro

E a gente continua a girar
Porque o globo gira
Sem se importar que puxamos o freio

E continuamos nos atirando
Gravidade abaixo
Confiando que no fundo vai sempre ter

Uma rede que nos segure
Uma bacia d´agua que ao menos amorteça
O baque de se atingir o fundo
E não saber se vai conseguir sair

Voce, meu amigo, malabarista de sonhos
Que faz me sentir mais vivo
Porque sei que não estou sozinho
Nesse mundo tão maciço
Tenho alguém que compartilha
Dos mesmos desejos
As mesmas viagens
Os mesmos medos bobos

Porque sei que voce também não tem medo de ser pesado
Feito bala de canhão
E sem capacete ainda somos capazes de nos atirar

Então vê se não feche essa cortina
Não apague os holofotes
E nem tire essa maquiagem borrada do rosto

Pois esse mundo sem uma estrela
Vai perder todo o brilho
E a gente sabe o quão triste é esse mundo
Quando está escuro

Um comentário:

Ge disse...

Dizem que os palhaços choram quando estão sozinhos...e todos nós somos um palhaço...Apesar de tudo o espetáculo tem que continuar...bjus.