sábado, 4 de outubro de 2008

I don´t know you, but I want you...

Ontem fui até a faculdade conversar com mais professores, e parece que vai dar tudo certo. Muitos trabalhos, mas eu dou conta. Espero.

A noite fui com o Du no cinema assistir "Ao Entardecer". Filme com alguns dos meus atores preferidos, Claire Danes e Patrick Wilson, mais a péssima da Meryl Streep. Não podia ser coisa ruim né? Mas tinha cara de filme de chorar. E é. Chorei um bocado. Mas, mais do que chorar, o filme me deixou meio desalentado. Fui embora do cinema achando que estava fazendo tudo errado na minha vida. Credo.

O filme conta a história de uma mulher prestes a morrer, e que em seus delírios começa a lembrar do seu passado. Eca, clichê. Mas o filme é bacana, apesar de umas cenas de gosto duvidoso. Os atores estão bem, infelizmente a Claire Danes não tanto, apenas linda como sempre. Mas acho que são muitos personagens pra um filme só, alguns se desenvolvem, outros não. O Hugh Dancy, que eu não via desde "Dicionário de Cama" se agarra com gosto no papel, o Patrick Wilson dá voltade de dar uma voadora (hehehe...) e a vaca da Meryl Streep, em uma participação de luxo (já que ela mal fica 10 minutos em cena), consegue mostrar que é a atriz mais infalível do mundo. Como pode? Ela nunca erra, a vadia. Huahauhauhauhauhauha...

Mas o filme de encheu a cabeça de caraminholas. Coisa tão ruim que não dá nem vontade de comentar. Deixa pra lá...

Pra esvaziar um pouco, baixei um filme pela internet (feio! feio!) que eu queria muito ver: "O nevoeiro", baseado num conto do Stephen King. Adoro as idéias do King (vide "Conta Comigo", um dos meu filmes preferidos), e adoro os filmes que o Frank Darabont faz deles ("Um sonho de liberdade", "A espera de um milagre", e agora esse). Mas a minha idéia de assistir algo pra me deixar melhor, só me deixou mais alarmado hauhauhauahua... claro que, não da forma como o outro filme deixou, mas enfim... a história é mais ou menos assim: uma tempestade causa um estrago em uma cidade no interior dos EUA, e várias pessoas saem para comprar mantimentos no supermercado. Então um nevoeiro encobre todo o lugar, e claro que esse nevoeiro, vindo de um conto do King, carrega coisas estranhas dentro dele. Mas o bacana é que, como as boas história do King, essa também se preocupa mais com as personagens, e as criaturas que surgem são meras alegorias. Ou seriam analogias? O que acontece é que os monstros lá fora são fichinhas perto da monstruosidade que são as pessoas de dentro. Quando elas se encontram em um mundo extraordinário (no sentido grandioso, mas não maravilhoso), basta um dia pra começarem um processo de irracionalização absurda. Eu, que detesto discutir politica e religião (prefiro que cada um guarde suas crenças em casa, já que o ser humano é incapaz de aceitar o diferente), me vi acreditando na importância dessas instituições para a organização do mundo. As pessoas, sem uma cartilha para seguir, se tornam cegas. Parece que precisamos acreditar que existe algo que rege o mundo; uma razão, uma lógica, um sentido. Quando colocados à prova, nos mostramos estúpidos.

Credo, e não é só um filme?

Pois é. Mas se fico feliz em saber que os monstros do filme não existem na vida real, me assusta pensar que as pessoas contidas no filme são perfeitamente plausíveis. Basta eu por o pé fora de casa, ou ligar a TV, pra encontrar um louco com a mão apontando para o céu cegamente, enquanto a outra segura uma bíblia; e da sua boca, saem leituras errôneas de um livro que deveria servir apenas para confortar, e não arrebanhar soldados contra uma pseudo-guerra, ou privá-las do seu livre-arbítrio. Mas o que é o livre arbítrio, se estamos todos inseridos em um mundo cheio de regras, essas mesmas que nos impedem de cometer os absurdos que nos chocam nos filmes? Minhas idéias estão em looping.......

CREDO! É SÓ UM FILME!

Hehe... parei!

Os diálogos são ótimos. E chega! No mais, digo só que fazia tempo que eu não gritava com um filme, mas gritava de raiva. A Marcia Gay Harden parece aquelas vilãs filhas-de-uma-puta de novela que a gente quer bater na rua. Meu Deus, que ódio mortal dela, soquei muito o travesseiro hauhauhauhauhauaha... só uma atriz desse calibre pra não deixar o papel ridículo.

Agora sim, vou me permitir um filmeco de quinta pra esvaziar as cucúias! Baixei da internet! Huahuahauhuaa... adoro meu livre arbítrio! Fazer o que, minha locadora fechou, estou sem rumo, preso em casa pela chuva. Só espero que não venha um nevoreiro depois...

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